Fomentar maneiras de integração para colaboradores que fazem parte de minorias sociais é um passo essencial para melhorar o desempenho de uma empresa. A diversidade de experiências e pontos de vista contribuem para uma tomada de decisão melhor. Executivos jurídicos estão criando iniciativas de inclusão para negros, mulheres, comunidade LGBTQ+ e portadores de deficiência.
Ainda assim, o caminho é árduo. Cintia Santos, vice president general counsel & compliance officer para América Latina da AccorInvest, relata sua trajetória pessoal e seus desafios traçados para adentrar o meio jurídico. A executiva escreve sobre as dificuldades que encarou por ser uma mulher negra em um ambiente formado majoritariamente por pessoas brancas.
Ana Carolina Tavares Torres, gerente executiva jurídica do Grupo Sabemi, mostra que apenas o fato de ser mulher também pode ser desafiador. Sobre a invisibilidade e protagonismo: a conquista de independência da mulher no mercado jurídico, Ana Carolina fala sobre questões ainda enfrentadas por profissionais femininas, como a desigualdade salarial, horas utilizadas para o cuidado de pessoas e realização de afazeres domésticos e o sexismo automático que ocorre de forma cotidiana.
Entretanto, ações vêm sendo tomadas para, de forma efetiva, colaborar para um ambiente mais justo e participativo. Patrícia Barbelli, diretora regional - jurídico, segurança corporativa e proteção a marca no Paraguai, Uruguai e Brasil da Diageo ousou em propor seis meses de licença-paternidade e explicou o papel do jurídico na implementação.
Fabiana de Freitas, diretora jurídica e compliance do Grupo Boticário, revela que é preciso potencializar a criação de uma cultura que abraça a diversidade, contribuindo para que esteja no DNA das equipes e das empresas. Seu artigo recebeu o título de "Diversidade, oportunidades e propósito".
Marcio Lima, diretor de assuntos jurídicos da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), escreveu sobre o legado da juíza Ruth Bader Ginsburg para a diversidade e inclusão. A mais antiga juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos faleceu recentemente aos 87 anos e deixou um vasto legado que, Marcio acredita ser oportuno revisitar no momento em que os temas diversidade e inclusão ganham tanta relevância no Brasil e no mundo.
A Análise Editorial promoveu uma live sobre como formar times mais plurais na advocacia, que contou com a participação de Alicia Daniel-Shores, CEO da Daniel Advogados, Bárbara Correia, advogada integrante do grupo SOMA e da equipe pro bono do Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados e Felipe Caon, presidente do comitê +Diversidade e sócio do Serur, Camara, Mac Dowell, Meira Lins, Moura e Rabelo Advogados. E outra sobre a importância da equidade de gênero dentro das empresas e escritórios de advocacia, em que Daniela Saboya Albuquerque, diretora jurídica, compliance e relações institucionais do Grupo Lala Brasil (Vigor), Maria Elisa Gualandi Verri, sócia do TozziniFreire Advogados e Patricia Peck Pinheiro, sócia head do Pires, Gonçalves & Associados (PG Advogados) conversaram sobre possibilidades para ajustar de forma adequada os ambientes de trabalho.