A carreira das mulheres na advocacia. Esse foi o assunto discutido no bate-papo com Análise desta quinta-feira (8). Em uma conversa descontraída Daniela Saboya Albuquerque, diretora jurídica, compliance e relações institucionais do Grupo Lala Brasil (Vigor); Maria Elisa Gualandi Verri, sócia do TozziniFreire Advogados e Patricia Peck Pinheiro, sócia head do PG Advogados falaram sobre as experiências vividas no mercado de trabalho e quais os maiores desafios para uma mulher no ambiente corporativo. Além das convidadas a diretora-presidente e publisher da Análise Editorial, Silvana Quaglio, participou como mediadora do encontro e Ligia Donatelli, gerente de pesquisa e distribuição da editora, realizou os comentários.
Daniela comenta que na época em que iniciou sua carreira existiam poucas advogadas corporativas. Ela optou por atuar em empresas por não se adaptar com a hierarquia imposta nas bancas tradicionais. No entanto, ela afirma que a trajetória não foi mais fácil no ambiente corporativo.
Natural do Espírito Santo, Maria Elisa conta que ao se formar estava em busca de desafios, e se encontrou nas bancas de advocacia por causa da diversidade dos assuntos tratados. Há 31 anos morando na capital paulista, a advogada relembra que teve dúvidas sobre aceitar fazer parte da equipe do TozziniFreire, pois quando foi convidada tinha acabado de descobrir que estava grávida. Ela acabou aceitando a proposta e assim que retornou da licença maternidade tornou-se sócia da banca.
Defendendo a liberdade de escolhas, Patricia enfatizou que é necessário combater os tabus que envolvem os gêneros. Ela conta que desde criança se interessou por computadores e vídeo games, atividades vistas pela sociedade como masculinas. Porém, nunca foi recriminada e isso trouxe uma naturalidade para que ela pudesse desenvolver suas aptidões de acordo com suas paixões. A advogada também lamentou sobre os homens como maioria entre os diretores e líderes de empresas e instituições.
Ligia ainda questionou sobre o papel das advogadas no engajamento de suas equipes. Maria Elisa disse que devemos aprender mais com a palavra sororidade e que o ambiente colaborativo faz toda a diferença. Ainda acrescentou que se tratando de inclusão, ainda temos um longo caminho a percorrer: "Precisamos falar mais sobre as mulheres negras, mulheres LGBTQ+ e das diferentes formas de pensar da mulher", pontuou. Silvana ainda perguntou sobre o que é necessário para mudar a realidade de hoje, Patricia respondeu com otimismo que o primeiro passo é estarmos em constante processo de aprendizado.
Para encerrar, Ligia fez uma importante observação sobre o outubro rosa, mês do combate ao câncer de mama, chamando a atenção para que todas as mulheres participassem da campanha de prevenção.
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