A área do Direito já é predominantemente composta por mulheres. Elas são maioria nas universidades, nas equipes de escritórios de advocacia e nos departamentos jurídicos corporativos. Para falar sobre heads jurídicas, sócias e associadas, compilamos os dados de onde estão as mulheres atuantes no mercado jurídico e que se fazem presentes nas publicações da Análise Editorial.
No quesito formação acadêmica, as mulheres avançam mais. O índice de heads jurídicas que concluíram cursos de pós-graduação é de 64%, frente a 59% dos profissionais do sexo masculino que ocupam a mesma posição. Dentro das bancas de advocacia, o cenário se repete. O total de sócias que realizam especialização é 5% superior quando comparado com os sócios e, entre associados, a diferença é de 3% para elas. O dado acompanha os resultados mais recentes de uma amostra maior utilizada para estudos feitos pelo Índice de Desenvolvimento de Gênero (IDG), realizado pelo Programa das Nações Unidas (PNUD). O índice aponta que, no Brasil, as mulheres estudam mais do que os homens, em geral. Elas têm maior média de anos de estudo - são 8,1 contra 7,6 anos.
As instituições de ensino que têm a preferência dessas advogadas são a Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie, que revezam de posição no ranking das mais cursadas por advogadas corporativas, sócias e associadas. Atualmente, essas universidades possuem, juntas, 5.682 alunas matriculadas na graduação de Direito. A PUC-SP está com 1.888 futuras profissionais cursando Direito e o Mackenzie com 3.794. No último Censo da Educação Superior, realizado em 2017, eram quase 487 mil mulheres matriculadas em cursos de Direito por todo o país, enquanto os homens representavam cerca de 393 mil matrículas.
Dizer quem são essas mulheres que atuam na advocacia não é tarefa simples. Afinal, elas não são apenas advogadas. Elas são, além de chefes, formadoras de opinião, filhas, irmãs, mães e amigas entre tantas mais funções. No entanto, ao longo de 15 anos, as informações coletadas pela equipe de jornalismo da Análise Editorial oferecem um perfil dessas mulheres no mercado, que apresentamos a seguir.
Os dados utilizados nesta matéria foram retirados dos anuários Análise Advocacia e Análise Executivos Jurídicos e Financeiros publicados em 2019.