O mercado jurídico corporativo, conhecido por sua alta exigência, ressalta a importância de uma gestão jurídica eficiente nos escritórios de advocacia. Executivos que contratam esses escritórios frequentemente avaliam diferentes modelos de gestão jurídica para tomar decisões mais alinhadas às suas necessidades.
Consequentemente, mesmo reconhecendo o valor de profissionais com formações complementares, como administração, a maioria ainda prefere que um sócio advogado lidere a banca contratada.
Essa escolha está relacionada à percepção de que a experiência prática no Direito e o conhecimento profundo das nuances jurídicas proporcionam maior confiança e melhor alinhamento com as necessidades específicas.
Na pesquisa mais recente para a produção do ANÁLISE ADVOCACIA 2025, a Análise Editorial traz dados reveladores apresenta dados reveladores sobre as preferências dos contratantes. Confira a seguir.
Gestão jurídica conduzida por sócios
Com base em informações recentes do anuário ANÁLISE ADVOCACIA 2025, 35% dos 970 executivos entrevistados preferem trabalhar com escritórios geridos diretamente pelos sócios da banca. Além disso, esse número representa um aumento significativo de 11 pontos percentuais em comparação à edição de 2023/2024, quando apenas 24% compartilhavam dessa preferência.
Portanto, essa mudança reflete uma evolução na forma como os executivos enxergam a gestão jurídica de escritórios contratados. Nesse sentido, a preferência por "advogados empresários" indica uma valorização maior de modelos de gestão mais próximos e personalizados, capazes de garantir maior alinhamento com as necessidades específicas de cada cliente.
Por outro lado, outro aspecto identificado pela pesquisa é a redução no número de executivos indiferentes à gestão dos escritórios. Na edição anterior do anuário, 59% dos entrevistados disseram não se importar com quem realizava a administração. Na edição de 2025, esse percentual caiu para metade; durante esse hiato, houve uma queda de nove pontos percentuais.
Gestão jurídica por não advogados
O percentual de executivos que preferem escritórios geridos por profissionais não advogados passou de 17% para 15%. No caso, o aumento na preferência por escritórios geridos diretamente por sócios reforça a relevância de uma gestão de escritórios que priorize a confiança, o envolvimento próximo e a personalização.
Dessa forma, esses dados evidenciam que escritórios de advocacia que adotam boas práticas de administração têm maiores chances de conquistar e fidelizar clientes em um mercado jurídico corporativo cada vez mais exigente.
O que é gestão jurídica?
Inicialmente, a gestão jurídica pode ser definida como um conjunto de práticas, estratégias e processos voltados para organizar, administrar e otimizar as atividades de um departamento jurídico ou escritório de advocacia.
Nesse contexto, essa abordagem envolve desde o controle de prazos processuais e a gestão de contratos até a implementação de tecnologias para aumentar a eficiência e a transparência nas operações jurídicas.
No entanto, no ambiente corporativo, a gestão jurídica vai além da simples administração de tarefas. Com efeito, ela tem um papel estratégico, ajudando empresas e escritórios a reduzirem riscos, cumprirem regulamentações e alcançarem melhores resultados financeiros. Por exemplo, modelos eficientes de gestão incluem o uso de softwares especializados, equipes multidisciplinares e métricas para avaliar o desempenho.
Como aplicar a gestão jurídica com eficiência
Com as estratégias corretas e ferramentas adequadas, o processo para implementar uma gestão jurídica eficiente se torna mais simples e rápido. Os resultados começam a aparecer de forma notável, transformando a operação jurídica em um verdadeiro diferencial competitivo.
A seguir, veja seis passos fundamentais para aplicar a gestão jurídica com foco estratégico e alcançar bons resultados.
Passo 1: Analise o cenário atual
Inicialmente, antes de iniciar qualquer planejamento, o gestor deve realizar uma análise aprofundada da situação atual do escritório, incluindo a avaliação dos riscos e desafios enfrentados. Além disso, é necessário identificar os pontos fortes e fracos da gestão interna. Por isso, realizar essa análise de forma detalhada ajuda a identificar problemas, gargalos operacionais e áreas de melhoria.
Nesse contexto, ferramentas como a matriz SWOT e auditorias internas podem fornecer insights valiosos sobre onde focar os esforços de melhoria. Da mesma forma, é importante considerar fatores externos, como o ambiente regulatório e a interação com outros departamentos e parceiros externos.
Passo 2: Defina objetivos estratégicos claros
Com os dados da análise de cenário em mãos, o próximo passo é criar um planejamento estratégico com objetivos específicos e mensuráveis. É essencial alinhar esses objetivos com a visão da empresa, garantindo que contemple tanto a eficiência interna quanto o impacto externo, como o atendimento a clientes e a adaptação às mudanças no mercado.
Além disso, o planejamento também deve incluir o uso de tecnologias, tais como softwares jurídicos, para agilizar processos e melhorar a produtividade da equipe. Para garantir a execução eficiente, é necessário desdobrar cada meta em ações práticas, com prazos e responsáveis bem definidos.
Passo 3: Melhore processos e adote tecnologia
A gestão jurídica eficaz depende da otimização dos processos internos. Nesse sentido, a padronização das atividades, como a gestão de documentos, acompanhamento de prazos e aprovação de contratos, é fundamental para reduzir erros e aumentar a eficiência.
A automação de tarefas repetitivas, como o envio de notificações e o controle de documentos, libera a equipe para se concentrar nas questões mais estratégicas. Por fim, adotar ferramentas digitais, como plataformas de gestão de contratos e soluções de assinatura eletrônica, não apenas moderniza a operação, mas também aumenta a segurança das transações.
Passo 4: Fortaleça a comunicação e a integração da equipe
A gestão jurídica também envolve a criação de um ambiente de trabalho colaborativo. Para atingir esse objetivo, é importante estabelecer canais de comunicação eficazes e promover o trabalho em equipe.
Além disso, manter todos os membros da equipe atualizados sobre os objetivos e responsabilidades por meio de reuniões regulares, ferramentas de comunicação interna e treinamentos essenciais é imprescindível. Nesse contexto, a integração entre advogados e a área comercial se destaca como uma estratégia eficaz para alinhar processos e agilizar a resolução de demandas.
Passo 5: Avalie o desempenho com indicadores e KPIs
Definir e monitorar indicadores de desempenho é crucial para mensurar a eficácia da gestão jurídica. Os KPIs (Indicadores de Desempenho Chave) ajudam a avaliar o sucesso da implementação das estratégias e o progresso em direção aos objetivos estabelecidos.
Entre as métricas mais importantes, destacam-se a eficiência no tempo de resposta, o número de contratos processados, o custo de litígios e a satisfação dos clientes internos. Acompanhar esses dados de forma constante permite ajustes contínuos, garantindo que o departamento jurídico esteja sempre alinhado com as necessidades da empresa.
Passo 6: Invista na visibilidade em publicações reconhecidas
Estar presente em publicações especializadas como ANÁLISE DNA, ANÁLISE ADVOCACIA e ANÁLISE EXECUTIVOS é um diferencial significativo para qualquer escritório de advocacia. Além disso, essas publicações são amplamente reconhecidas no mercado jurídico e oferecem uma plataforma valiosa para demonstrar a expertise e a qualidade do trabalho da equipe.
Consequentemente, a visibilidade nessas revistas pode atrair novos clientes, fortalecer a reputação do departamento e posicionar o escritório ou departamento jurídico como um líder de mercado, ampliando sua competitividade.
Portanto, participar dessas publicações renomadas é uma excelente forma de destacar o trabalho de sua equipe e solidificar a posição do departamento jurídico no mercado. Para mais informações sobre as publicações, entre em contato pelo e-mail [email protected].
Implemente esses seis passos e melhore a gestão jurídica do seu escritório, tornando a banca mais eficiente, estratégica e alinhada aos objetivos da organização.