Frente às novas tendências que colocam a advocacia dentro da perspectiva de um negócio, executivos jurídicos de grandes empresas e startups abordaram em artigos de opinião como as novas tecnologias, a inteligência artificial, e um novo olhar sob os negócios estão influenciando na transformação do jurídico corporativo.
As tecnologias de Inteligência Artificial estrita possuem o potencial de substituir o advogado em atividades de alta repetição, ou seja, aquelas que exigem menos da capacidade cognitiva. Contudo, Fabrício Almeida, diretor jurídico da XP Inc. ressalta como o trabalho estratégico não é passível de mudança e fica a cargo do ser humano.
Na criação de novos negócios dentro de uma startup, por exemplo, a tecnologia é fundamental para a transformação dos mercados.
O diretor jurídico da CashMe, Leandro F. Mello Santos, explica que a utilização de contratos assinados por meios eletrônicos no Brasil foi juridicamente aprovada com a Medida Provisória 2.200-2 de 2001, que estabeleceu e instituiu a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil). A ICP-Brasil é ligada à Autarquia Federal que foi criada para regular a assinatura de documentos eletrônicos e é ela quem autoriza a criação das plataformas que são utilizadas para a assinatura de documentos. Embora essa mudança não seja uma grande novidade para outros mercados, para as operações de empréstimo com garantia de imóveis o uso de contrato com assinatura eletrônica venceu uma enorme barreira relacionada à segurança jurídica envolvendo a assinatura de documentos eletrônicos.
Os setores atualmente existentes devem se reinventar com uma agilidade nunca antes vistas, ou estarão sujeitos à extinção em decorrência das novas modalidades de serviços e produtos, sendo que o Direito não escapa da máxima.
Em seu texto opinativo, Caio M. do Amaral Gurgel Kiss, gerente jurídico da Movile, elucida que para um departamento jurídico, gerar valor é ter sucesso em demonstrar que o colaborador está de fato dando soluções e guiando a empresa por meio das burocracias que dificultam seu crescimento, tarefa naturalmente difícil no Brasil.
Em 2020, a Análise Executivos Jurídicos e Financeiros 2020 revelou que 72% dos departamentos jurídicos pesquisados na publicação investem até 10% de seu orçamento anual em novas tecnologias. Para saber mais, clique aqui.