Na última terça-feira (03/12), a Uber Brasil realizou o evento: "O caminho da diversidade e da inclusão (D&I) no mundo jurídico". Foram apresentadas as iniciativas de D&I instauradas para promover um ambiente mais diverso e integrado. A empresa adotou a formação de grupos de afinidades para tratar da inclusão e do bem-estar das pessoas LGBTQIAP+, mulheres, pretos e pardos, pessoas com deficiência, imigrantes e que sofrem com as diferenças socioeconômicas.
Também foi apresentada a nova política de contratação da empresa. Haverá uma cláusula presente em todos os contratos com fornecedores na América Latina que consiste em: declarar o compromisso da empresa com a diversidade e inclusão social; determinar a existência de política de D&I como critério para a contratação de produtos e serviços; e a decisão de poder encerrar contratos, caso parceiros e fornecedores tenham posturas discriminatórias ou ofensivas em relação aos grupos minorizados.
A responsável por coordenar o programa de inclusão e diversidade da Uber na América Latina é a executiva Ana Pellegrini, que também é a diretora jurídica para o Brasil e Cone-Sul, desde 2015. Ela se descobriu lésbica aos 21 anos, época em que iniciava sua carreira no Direito, e trabalhava em um escritório de advocacia em que o preconceito contra homossexuais não era combatido: "Meus colegas utilizavam insultos como "viadinho" e "sapatão" e por isso eu não me sentia livre para ser quem eu era e me policiava diariamente para não usar o pronome feminino quando conversava com minha namorada ao telefone. Precisar se esconder o tempo todo prejudica as relações de amizade no trabalho e nos impede de criar conexões verdadeiras. Isso impacta diretamente na felicidade."
Os escritórios Daniel Advogados, Lee, Brock, Camargo Advogados (LBCA) e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados também foram convidados para debater as medidas inclusivas que realizaram nos últimos anos. Dentre as práticas, é possível destacar a contratação de mulheres, negros e pessoas trans para cargos de liderança, benefícios maternidade não previstos por lei e canal de denúncia contra violência, assédio e preconceito.
Confira outras práticas realizadas pelos escritórios de advocacia na matéria especial "Advocacia com lógica empresarial", desenvolvida para o Diretório Nacional da Advocacia 2019.