Assim como no último ano, a Análise Editorial pesquisou como foi o presente ano do mercado jurídico e qual a expectativa para 2025. O público-alvo da enquete foram representantes de escritórios e executivos jurídicos, financeiros e de compliance.
Os resultados foram apresentados na manhã de hoje, 12, no último programa Análise Advocacia do ano. Silvana Quaglio e Alexandre Secco, respectivamente diretora-presidente da Análise e sócio-conselheiro da editora, compartilharam com o público os dados da enquete e fizeram suas análises sobre o panorama de 2024 e projeções para o ano de 2025.
Mais de trezentos participantes colaboraram com a pesquisa, entre eles 246 representantes de escritórios, enquanto os outros 42 respondem por empresas. Confira abaixo os tópicos questionados e as respostas dos representantes de escritórios e de empresas.
Desempenho em 2024
Entre os escritórios a avaliação do presente ano foi muito positiva, nove em cada dez participantes disseram que 2024 foi satisfatório. Enquanto os executivos avaliaram com um pouco mais de cautela, mas ainda assim 86% deles afirmaram satisfação com esse ano.
Já os representantes das bancas que viram o ano com neutralidade somam 8%, enquanto aqueles que viram de maneira negativa representam 1%. Enquanto os representantes de empresas que afirmaram ter um ano neutro foram 9%, e 5% dos executivos afirmaram estar insatisfeitos com 2024.
Expectativas para o próximo ano
Oito a cada dez profissionais de escritórios disseram estar otimistas para o próximo ano, enquanto os que pregam cautela somam 13%. Para os executivos o otimismo é um pouco menor, 72% deles afirmaram ver o próximo ano com bons olhos. Já o percentual daqueles que veem 2025 com cautela atinge os 19%.
O pessimismo passa longe dos escritórios, a opção não teve nenhum voto entre as bancas. Enquanto 2% dos representantes de empresas afirmaram ver 2025 com pessimismo.
Mudanças nas equipes
Neste ano o cenário para os escritórios de advocacia empresarial foi de crescimento das equipes, seis a cada dez representantes afirmaram que a banca realizou novas contratações. Entretanto, 33% dos participantes afirmaram que as equipes mantiveram o tamanho, enquanto 5% disseram que reduziram seus quadros de funcionários.
Já entre as empresas, 48% afirmaram que aumentaram o quadro de funcionários, enquanto quatro a cada dez mantiveram o número.. Aqueles que reduziram o número de colaboradores somaram 12%.
As perspectivas em relação a mudanças no quadro de colaboradores dos escritórios mostram equilíbrio entre as opções. Quatro a cada dez representantes afirmaram que as bancas contrataram mais profissionais, enquanto trinta porcento afirmaram que as mudanças dependem de uma avaliação econômica e de mercado. Já um quarto dos participantes aposta na manutenção do quadro de colaboradores.
Entre as empresas, 41% dos participantes afirmaram que o quadro de colaboradores será mantido, indicando uma perspectiva de estabilidade. Entretanto, dois a cada dez executivos apostam no aumento no número de colaboradores. Enquanto 36% deles esperam uma melhor avaliação econômica e de mercado para definir aumentos e reduções.
Pontos externos de atenção
A enquete da Análise Editorial questionou os participantes sobre quais os fatores externos receberão mais atenção dos escritórios e empresas no próximo ano. Entre os profissionais que atuam nos escritórios o maior destaque foram as inovações, avanços e mudanças tecnológicas, fator apontado por 84% dos participantes. Na sequência, a economia aparece como segundo ponto de maior atenção com 83% dos votos. Na terceira posição, tendências de mercado foi o fator apontado por oito entre dez profissionais.
Nas empresas os fatores foram os mesmos, mas em posições distintas. O ponto de atenção para 86% dos executivos, ocupando a primeira posição, foi a economia. Em seguida, as tendências de mercado foram apontadas por 81% dos representantes das empresas. Fechando o pódio, inovações, avanços e mudanças tecnológicas recebeu 79% dos votos.
Fatores internos em foco
A pesquisa feita pela Análise ainda apurou sobre quais os pontos internos que os escritórios e empresas focarão no próximo ano. Mais da metade dos representantes das bancas afirmaram que a qualidade do serviço será o ponto de maior atenção. Logo após, a cultura organizacional aparece com 48% dos votos, enquanto, com apenas um ponto percentual a menos aparece o tópico da gestão financeira.
Entre os executivos, para seis a cada dez, a gestão financeira será o principal foco. Empatados na sequência com 45% dos apontamentos, aparecem gestão de RH e desenvolvimento de pessoas e também a tecnologia da informação.
Oferta e demanda
De acordo com 84% dos representantes dos escritórios, a intenção das bancas é ampliar a oferta de serviços no próximo ano. Entretanto, no lado dos executivos, apenas 33% pretendem contratar mais serviços jurídicos, enquanto quase 60% esperam manter a demanda atual.
Expectativa de crescimento
Para os escritórios podemos esperar bons números para o próximo ano. A maior fatia dos participantes da enquete, 38%, projetam um crescimento entre 11 e 20%. Além disso, 23% preveem um crescimento de até 10%, seguidos, com um ponto percentual a menos, pelos que estimam um crescimento entre 21 e 30%.
O cenário previsto para um terço dos executivos é de um crescimento de até 10%, seguidos, com o mesmo percentual, por aqueles que projetam um crescimento entre 11 e 20%.
Investimentos em 2025
A expectativa de seis entre dez representantes de escritórios é de que os investimentos cresçam para o próximo ano. A maioria dos executivos também compartilham tal expectativa, representados por 52% dos votos.
Aqueles que esperam seguir no mesmo patamar de investimento representam 34% dos profissionais dos escritórios, enquanto, entre os executivos, esse percentual é de 43%.