Uma das frentes da pesquisa para o anuário ANÁLISE ADVOCACIA 2023/2024 mostra a percepção que os executivos jurídicos e financeiros têm sobre os escritórios contratados. Um dos dados levantados revela que quase metade deles não está satisfeita com os honorários cobrados pelas bancas.
Precisamente, entre os 902 executivos mais relevantes do cenário nacional que responderam ao questionário da pesquisa, apenas 55% afirmou estar satisfeito com os honorários pagos pelos serviços jurídicos contratados.
Comparado com o que foi registrado na edição anterior do anuário, observa-se um leve aumento no nível de satisfação. Os dados da pesquisa de 2022 indicam que 52% dos executivos estavam satisfeitos com os valores cobrados pelas bancas.
A questão do valor dos honorários concentra um gargalo do que desagrada os contratantes dos escritórios Mais Admirados. Isso porque a satisfação é alta quando se joga luz sobre outros critérios: a grande maioria dos executivos afirma estar satisfeita com a qualidade dos serviços jurídicos (95%) e com o relacionamento entre empresa e escritório (93%).
A avaliação geral também não foge à regra dos últimos parâmetros: 94% dos 902 executivos ouvidos afirmam ter uma avaliação geral positiva dos escritórios contratados. Ao todo, 911 participaram da pesquisa que resultou no anuário ANÁLISE ADVOCACIA 2023/2024 - maior mapeamento do mercado jurídico empresarial brasileiro.
Em outro de seus nortes, a pesquisa se debruça sobre como os executivos avaliam a qualidade dos serviços prestados pelos escritórios. Neste critério, o atendimento e a relação entre contratante e contratado não entrou na análise. Cabe destacar que para os executivos, eventos, investimentos em tecnologia e ações de Diversidade e Inclusão (D&I) são os principais fatores que pesam no momento de contratar um escritório.
A maioria dos executivos classificou os serviços como "bons" (60%). Em seguida, 29% avaliam a qualidade do trabalho das bancas como "excelente". Uma pequena fatia (8%) disse que os serviços são "razoáveis" e apenas 3% classificaram-nos como "deixam a desejar".
Em comparação com os dados da pesquisa de 2022, é possível perceber que o crivo dos executivos ficou mais exigente. Apesar do percentual de avaliações excelentes ter se mantido o mesmo no último ano, as fatias de "razoável" e "deixam a desejar" subiram 1% cada uma neste ano - percentual esse que foi retirado dos serviços avaliados como "bons". No anuário de 2022, 62% dos escritórios foram classificados desta forma pelos executivos que os contratam.