Última edição do "Bate-papo com Análise" deste ano aborda as perspectivas dos negócios brasileiros para 2021 | Análise
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Última edição do "Bate-papo com Análise" deste ano aborda as perspectivas dos negócios brasileiros para 2021

Foram debatidos temas políticos, econômicos e sociais

17 de December de 2020 17h43

A primeira temporada do projeto "Bate-papo com Análise" foi encerrada na live desta quinta-feira (17), com a participação dos sócios-fundadores da Análise Editorial: Silvana Quaglio, diretora presidente e publisher da editora e Eduardo Oinegue, âncora do Jornal da Band e da Bandnews FM, além de comentarista do Bandnews TV. Eles conversaram sobre as expectativas em relação ao ambiente de negócios no Brasil para o próximo ano, com base nas perspectivas de empresas e escritórios de advocacia.

Com este tema, Silvana apresentou uma enquete realizada pela Análise Editorial, entre os dias 9 e 14 de dezembro, com cerca de 250 respondentes. O resultado foi otimista: 62% dos sócios das grandes bancas declararam esperar um bom ano no âmbito dos negócios, enquanto 37% deles se disseram cautelosos com o cenário de 2021. Os pessimistas registraram apenas 1% entre os participantes de escritórios, mostrando que quase todos os respondentes desta amostra acreditam que o próximo ano será melhor para os negócios do que foi 2020.

Os resultados empresariais, que contemplam respostas de heads jurídicos e financeiros das maiores companhias do Brasil, seguiram na mesma linha: 54% dos executivos demonstraram otimismo com 2021, enquanto quatro em cada dez deles estão cautelosos com os próximos 12 meses. Somente 2% dos entrevistados declararam enxergar com pessimismo o período do ano que vem para os negócios. É importante destacar que foram consultadas empresas que fazem parte dos quatro grandes segmentos da economia: indústria, comércio, serviços e agronegócio.

Além de identificar as perspectivas para 2021, a Análise Editorial também quis entender os motivos para justificar o otimismo, cautela ou pessimismo dos profissionais. Entre os advogados de escritório que se declararam otimistas, mais de 70% projetaram aumento de atividade com crescimento de faturamento, percentual que ficou em 54% para os executivos de empresas. Já entre os cautelosos e pessimistas, quase sete em cada dez dos que integram bancas jurídicas informaram que as perspectivas permanecem carregadas de incertezas para o ano que vem, em virtude do comportamento da pandemia. Já a maioria dos profissionais corporativos (61%) demonstrou preocupação maior com a indefinição de uma política de vacinação para toda a população brasileira, até o momento de realização da enquete.

Quando perguntados sobre corte de funcionários, mais da metade dos escritórios de advocacia informou que reduziu a equipe em 2020, enquanto três em cada dez das companhias entrevistadas fez o mesmo. Por outro lado, 41% das bancas e 32% das empresas pretendem contratar mais colaboradores no ano que vem, e a expectativa de redução de pessoal em 2021 é baixíssima para escritórios (1%) e pequena para organizações corporativas (8%).

Eduardo comentou os dados apresentados, dizendo que é difícil saber as razões por trás do otimismo do mercado. Ele explicou que o Brasil parece gostar de instabilidade, pois o país viveu uma instabilidade econômica e, posteriormente, partiu para uma instabilidade política e social. Além disso, saiu de uma hiperinflação, que amadureceu os controles econômicos e resultou num Banco Central mais organizado, e hoje vive um "hiperendividamento". O sócio também destacou que falta de segurança jurídica gera instabilidade e, ainda que parte da receita dos escritórios em 2020 tenha vindo disso, vários negócios também deixaram de ser fechados e essa insegurança torna complicada a realização de um planejamento para a maioria.

Ele também ressaltou que o otimismo existe porque as pessoas confiam em si mesmas, pois os "fabricantes de PIB" do Brasil são fortes e se adaptam muito bem às adversidades, citando as reuniões virtuais que tomaram o cenário corporativo durante a pandemia. Mesmo assim, Eduardo foi realista e enfatizou que, mesmo com a melhora no IDH brasileiro, o país caiu nove posições em relação aos outros, que melhoraram mais e atraíram mais investidores.

Outro ponto abordado pelo âncora foi a possibilidade de um descontrole inflacionário em 2021. Lembrando a crise econômica de 2008 e o bug do milênio de 2000, ele explicou que nossa capacidade de antever desastres nos protege de alguns deles, ao passo de que nossa visão otimista também nos torna um pouco irresponsáveis, citando que o início da vacinação mundial faz com que muitas pessoas, especialmente jovens, acreditem que possam relaxar nos cuidados sanitários decorrentes da pandemia. Eduardo lembrou que instabilidades democráticas são uma especialidade brasileira e que isso não atrapalha o empresário ou aqueles que queiram empreender.

Por fim, ambos os sócios destacaram o bom desempenho do anuário Análise Advocacia, que evoluiu junto ao mercado jurídico e, nas palavras de Silvana, estimulou os rankings internacionais a olhar para um mercado maior, visto que eram mais restritos e existiam em pouca quantidade. Para os escritórios que gostariam de figurar como Mais Admirados na publicação, o recado foi simples: faça um bom trabalho e busque um atendimento que impressione e encante o cliente.

Você pode conferir todas as 23 lives realizadas na primeira temporada do Bate-papo com Análise acessando o canal da editora no YouTube.

Confira como foi a última live de 2020:

LIVE ANÁLISE #23 | Análise Advocacia | Perspectivas para o ambiente de negócios no Brasil em 2021
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