Saiba como as ferramentas tecnológicas podem contribuir com a rotina de trabalho dos escritórios de advocacia | Análise
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Saiba como as ferramentas tecnológicas podem contribuir com a rotina de trabalho dos escritórios de advocacia

Sócios explicam os benefícios que a tecnologia oferece à gestão e à produtividade das firmas jurídicas

10 de January de 2022 8h

A transformação digital, fenômeno que incorpora o uso da tecnologia digital às soluções de problemas tradicionais, tem impactado todos os setores da economia e proporcionado vantagens que ajudam a economizar tempo, dinheiro e recursos. Na área do Direito, não é diferente: com cada vez mais advogados, escritórios de advocacia e processos em tramitação no meio jurídico, tornou-se necessária uma organização maior e mais primorosa, que permita não só otimizar a produtividade no trabalho mas também diferenciar a atuação de bancas e gestores que se dedicam a investir no progresso.

Acompanhando a evolução do mundo jurídico brasileiro, a Análise Editorial incluiu, em sua tradicional pesquisa com escritórios jurídicos para a produção do anuário ANÁLISE ADVOCACIA, um questionamento sobre quais são as principais ferramentas tecnológicas utilizadas pelas bancas. Entre as opções mais votadas, estão:

  • Softwares de gestão de processos judiciais (90%): voltados para aumentar o grau de eficiência na prestação de serviços ao cliente;
  • Softwares de gestão administrativa (87%): visam melhorar os processos e procedimentos internos do escritório;
  • Visual Law (34%): seu objetivo é tornar documentos jurídicos mais compreensíveis para toda a população. Para isso, utiliza-se ilustrações, ícones, tabelas e mapas visuais, dentre outros elementos gráficos;
  • Uso de inteligência artificial (IA)(26%): realiza, principalmente, tarefas jurídicas burocráticas e repetitivas com maior rapidez e eficiência, a custos menores.

Com a pandemia de COVID-19 afetando fortemente as relações de trabalho e a atuação presencial, foi preciso não só proteger a saúde dos colaboradores — adotando regimes híbridos ou de home office —, mas também aumentar a produtividade deles ao privá-los de realizar procedimentos maçantes e cansativos, disponibilizando mais tempo para que possam focar no que fazem de melhor: advogar.

Ricardo Alves, sócio responsável pela gestão de Tecnologia e Segurança da Informação do Fragata e Antunes Advogados, relata que a banca utiliza o software GR5 para gestão de processos judiciais e Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED), além de usar IA para diversas aplicações. O advogado explica que, dentro do GR5, concentram todos os acessos aos demais softwares numa ferramenta chamada de Painel Conecta, criada com o conceito "one page" de Visual Law; através do painel, a equipe tem acesso a programas de jurimetria, pesquisa de jurisprudência, plataforma de acordos, telefonia na nuvem, videoconferência, chat, suporte de TI, robôs e outros indicadores.

Ricardo conta que, após a implementação das tecnologias de gestão, houve um significativo aumento na produtividade da equipe do escritório; ele afirma que os desafios impostos pela pandemia foram rapidamente superados, de maneira sustentável, graças ao uso de softwares na nuvem. Além disso, a banca continua operando de maneira 100% remota e sem previsão de retorno ao ambiente corporativo.

Já o advogado Tiago Camargo, sócio responsável pela área de Direito Digital e Proteção de Dados do Inglez, Werneck, Ramos, Cury e Françolin Advogados (IWRCF), comenta que sua firma tinha um impasse: seus sistemas antigos eram pré-moldados, fazendo com que qualquer customização ou nova funcionalidade demandasse muito tempo e recursos. De acordo com ele, tal dificuldade fazia com que eles não conseguissem utilizar nem 50% das funcionalidades oferecidas pelo software adotado pela banca, o YourOpenLegal (YOL).

Tiago relata que, quando a firma começou a buscar um novo sistema, focou em encontrar um software que permitisse um alto nível de customização, tanto nos módulos jurídicos quanto no financeiro e administrativo. Com o novo sistema pronto, ele discorre que o processo de transição durou um ano, com os primeiros seis meses sendo de trabalho conjunto com os dois sistemas para evitar perda de dados e faturamento, até que todas as funcionalidades da nova ferramenta estivessem ajustadas e testadas.

Antes do lançamento do ANÁLISE ADVOCACIA 2021, em novembro deste ano, a Análise Editorial já havia abordado a questão dos investimentos em tecnologia por parte dos escritórios. O anuário ANÁLISE DIRETÓRIO NACIONAL DA ADVOCACIA - DNA 2021, que foi lançado em fevereiro, reúne informações sobre o percentual do faturamento anual das bancas que é investido em ferramentas tecnológicas; confira mais detalhes clicando aqui.

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