A pandemia nos obrigou a inovar. Para reduzir o contágio do novo coronavírus, empresas de todos os setores precisaram alterar a sua dinâmica de trabalho, cumprindo orientações de isolamento social recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O trabalho remoto, antes praticado em algumas companhias, se tornou realidade para muitos colaboradores, fazendo com que o home office fosse repensado como alternativa para dar continuidade aos negócios.
Adaptar o funcionamento de uma empresa tão bruscamente gerou medo e incertezas a todos, principalmente para aqueles que estão em cargos de liderança, se responsabilizando por departamentos inteiros. Para esses profissionais o desafio é duplo: encontrar uma maneira de manter a produtividade da equipe e preservar a saúde física e mental dos colaboradores.
Com o passar dos meses e com a permanência do distanciamento social surgiram novas percepções em relação ao home office. Segundo dados do ISE Business School, foi possível identificar, como uma das competências mais desenvolvidas no período, o aumento na habilidade de superar dificuldades, conforme apontaram 82% dos gestores entrevistados. A flexibilidade permitida pelo trabalho remoto vem logo em seguida, com destaque de 81% dos respondentes. Foram citadas também a autodisciplina e confiança, além da construção de uma relação mais franca entre chefes e equipes.
A fim de entender qual a estratégia das empresas para esse período, suas perspectivas futuras e colaborando com dados para a tomada de decisão corporativa, a Análise Editorial realizou uma pesquisa inédita com 55 CFOs e gestores da área financeira de grandes empresas do país, que estão presentes no anuário Análise Executivos Jurídicos e Financeiros. Veja a seguir o resultado desse levantamento:
Com os dados obtidos pela pesquisa é possível observar uma mudança de panorama em relação ao home office. Se antes, menos da metade das empresas participantes disponibilizava trabalho remoto aos colaboradores, atualmente 86% afirmam ter planos de continuar com essa dinâmica após a pandemia.
A mudança desse cenário é influenciada por alguns fatores, podemos destacar o aumento da produtividade como afirmam 51% dos gestores participantes. Além disso, a economia no tempo de deslocamento para a empresa e a redução dos custos com o espaço e manutenção aparecem como motivadores para a consolidação do home office na cultura das companhias.
Por fim, a pandemia trouxe uma série de limitações que, ao mesmo tempo, mostraram uma grande capacidade de adaptação na dinâmica de trabalho. O momento é de reflexão e aprendizado para continuar zelando pela saúde dos colaboradores e, também, dos negócios.
O ambiente de trabalho também será diferente na pós-pandemia, leia mais sobre os cuidados necessários para o retorno dos funcionários.