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Lançamento do Análise Advocacia Diversidade e Inclusão 2023

O maior mapeamento de práticas de Diversidade e Inclusão no mercado de advocacia empresarial do Brasil chega à sua terceira edição

10 de August de 2023 14h

Nesta quinta-feira, 10, às 11 horas, ocorreu a transmissão da live de lançamento da terceira edição do e-book ANÁLISE ADVOCACIA DIVERSIDADE E INCLUSÃO, no canal TV Análise, da Análise Editorial. Silvana Quaglio, diretora-presidente e publisher, juntamente com Aline Fraga, editora de conteúdo digital, conduziram o bate-papo.

A transmissão contou com a participação da sócia e líder do Comitê de Diversidade do Arystóbulo Freitas (SP), Silvia L. de Almeida; a advogada e líder dos programas de Diversidade do Martorelli Advogados (PE), Ana Vasconcelos; a sócia Araujo Recchia Santos Sociedade de Advogadas e fundadora do grupo SER.A.CEO, Priscila Pamela; e o advogado transgênero do Viseu Advogados (SP), Gabriel Nascimento.

Nesta edição, são apresentados 437 escritórios de advocacia que afirmam adotar iniciativas de Diversidade e Inclusão (D&I) em suas estruturas. Dentre eles, 333 responderam a um questionário específico acerca de suas práticas de D&I, fornecendo detalhes sobre suas iniciativas, comitês, programas, políticas e/ou interesses relacionados à diversidade, inclusão e equidade. A publicação também traz mais de 10 mil dados coletados em pesquisa exclusiva.

Como advogada há mais de duas décadas, Ana iniciou sua carreira com o idealismo de fazer a diferença. O destino se encarregou de, em 2019, colocá-la no Comitê de Diversidade e Inclusão que formalizou as políticas de inclusão do Martorelli Advogados. Atualmente, 57% dos estagiários do escritório pernambucano percebem a concretização da visão que Ana idealizava no início de sua carreira nos programas de inclusão.

Estruturada em três pilares, a política de D&I do Martorelli aplica o princípio de Igual por Direito, que busca contratar estagiários negros, o pilar Longevidade para profissionais com mais de 55 anos, e o enfoque em Menos Barreiras para pessoas com deficiência.

Sobre o sucesso dos programas, Ana fala que o escritório não olha só para si. "O comitê também olha para fora, está buscando fazer algum tipo de diferença não só dentro do escritório, e provocando o apoio dos parceiros e clientes".

Gabriel afirma que não se reconhecia quando ingressou, em 2012, na faculdade de direito em Santos, no litoral paulista. O advogado é transgênero e não se encaixava nos padrões heteronormativos que predominam no universo jurídico. Foi no Viseu Advogados que Nascimento finalmente se sentiu acolhido.

Com um comitê formado especificamente para tratar de temas de diversidade e inclusão, associado ao setor de Pessoas e Cultura, que assegura a efetividade dos programas, o Viseu formaliza suas ações. "Tudo o que é estruturado é colocado em prática no nosso dia a dia para que todos se sintam acolhidos. Uma vez que você se sente acolhido e confortável com quem você é, a entrega de resultados é surreal", percebeu Gabriel.

Fruto da diversidade, Priscila é uma mulher negra que saiu da periferia, marcas que carrega nos mais de 15 anos de profissão e que a fizeram olhar para questões de diversidade como pilar fundamental do escritório que fundaria com outras duas colegas igualmente engajadas. Atualmente, cada passo de Priscila se alinha com o objetivo de fomentar causas sociais.

"Nós, do Araujo Recchia Santos Sociedade de Advogadas, nos unimos para formar essa sociedade de advogadas na qual temos apenas mulheres e contratamos somente mulheres. Absolutamente tudo aqui é realizado por elas: as sócias, as advogadas, as estagiárias, as artistas dos quadros nas paredes são mulheres, até mesmo a decoração e a arquiteta envolvida são mulheres. Nossa concepção é a de que precisamos promover as mulheres e ocupar espaços tão difíceis de serem alcançados", contou Priscila.

A advogada e ativista contou, ainda, que sentiu incômodo ao ocupar posições de liderança sem reconhecer em seus pares as mesmas características que carregava.

Sócia e líder do Comitê de Diversidade do Arystóbulo Freitas, Sílvia conhece bem os problemas históricos do Brasil. Ela é graduada em história e já foi professora de ensino fundamental e médio durante seis anos, período que conciliou com a faculdade de direito - um sonho antigo.

Silvia se lembra do processo seletivo de estágio pelo qual passou há 21 anos, sendo essa sua única experiência no direito até então. Inicialmente, ela via a carreira jurídica como algo distante, já que sua intenção era resolver uma pendência acadêmica relacionada ao processo civil e continuar trabalhando como historiadora. No entanto, convencida de que a rotina de escritório a cativara, Silvia permaneceu no Arystóbulo Freitas e se especializou em áreas como direito constitucional e direito homoafetivo de gênero.

No pêndulo entre história e direito, Silvia conectava as duas profissões, gerindo as equipes que coordenava com um olhar humanizado e inclusivo.

Silvia falou sobre os pilares do Comitê: o combate ao etarismo, a diversificação cultural por meio da contratação de refugiados e pessoas com deficiência.

A seguir, reveja a transmissão da live e descubra muitos outros pilares abordados sobre D&I nas bancas, além de conhecer um pouco mais sobre a publicação.

LANÇAMENTO 2023 - Mapa da diversidade na advocacia
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