Em um período marcado pela digitalização da informação por parte dos meios de comunicação, o que leva uma editora a apostar nas publicações impressas? Essa é uma pauta levantada pelos leitores da Análise Editorial, que nesste ano, disponibiliza a 15ª edição do anuário ANÁLISE EXECUTIVOS JURÍDICOS E FINANCEIROS. A revista, desde a primeira edição, passa pelas gráficas antes de chegar nas mãos de mais de 14 mil executivos que compõem o primeiro escalão das, cerca de, 2 mil maiores empresas do país.
Para entender um pouco mais sobre a história da Análise Editorial é preciso voltar para meados dos anos 2000, mais precisamente para 2005, ano de fundação da editora. Criada por Silvana Quaglio, Eduardo Oinegue e Alexandre Secco, a Análise deu início à sua trajetória no papel, com uma produção focada em publicações impressas de periodicidade longa. Para os sócios, o digital e o físico são meios complementares, mas só a informação divulgada de maneira palpável foge da diluição de atenção por parte dos leitores, além de trazer um diferencial e uma característica atrativa ao público.
Estabelecida como a primeira empresa jornalística do Brasil com foco exclusivo na produção de publicações especializadas, a Análise deixou sua marca no mercado por meio de pesquisas e levantamento de dados, disponibilizados entre diversos anuários. A editora chegou ao meio digital em 2019, com a criação da plataforma virtual da editora. No entanto, a decisão de trocar integralmente o papel pelo online gera discordância com o que foi pensado inicialmente para os produtos da empresa, segundo a CEO e Publisher, Silvana Quaglio.
De acordo com a CEO, mesmo com custos altos de impressão e distribuição, vale a pena continuar tanto com o digital quanto o físico. Isso porque, há um maior controle da distribuição para um público alvo específico, além da tipologia, que permite uma leitura mais dinâmica das informações levantadas. De acordo com Silvana, o glamour e utilidade do papel, o meio digital ainda não substitui.
Por fim, Quaglio reforça que a palavra migrar não está nos planos da editora, e que o meio virtual veio para complementar o conteúdo produzido pelo time de colaboradores, e não para substituir o impresso. "Informação de qualidade é uma coisa cara, e saber lidar com ela é aprender a acomodar os desafios que vem com a sua propagação", finaliza Silvana.