A valorização da advocacia local e da atuação regional das bancas jurídicas foi o assunto do Bate-papo com Análise desta terça-feira (25) que, excepcionalmente nesta semana, está dividido em duas partes: enquanto a primeira teve como foco os escritórios das regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste + Distrito Federal, a segunda terá como palco exclusivo a região Sudeste do Brasil e será transmitida na quinta-feira (27). Silvana Quaglio e Alexandre Secco conduziram a primeira conversa entre os advogados Fernanda Hernandez, sócia do Advocacia Fernanda Hernandez, Flávio Rodovalho, sócio do Rodovalho Advogados, Jorge Alex Athias, sócio do Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimarães, Pinheiro & Scaff Advogados, Priscila Kei Sato, sócia do Arruda Alvim, Aragão, Lins e Sato Advogados e Wilson Sales Belchior, sócio do RMS Advogados - Rocha, Marinho E Sales.
Perguntado sobre os motivos que os levaram a atuar como escritórios regionais, o representante da região Norte, Afonso, explicou que sua banca foi fundada num ideal de fuga do padrão advocatício das grandes firmas jurídicas, que eram sempre centradas em grandes advogados ou famílias da região. Através de diversas fusões - que possibilitaram a oferta de novos serviços - nasceu uma banca diferente, que possuía em seu DNA o objetivo de agregar valor e ser reconhecida por oferecer uma atuação ética e cheia de identidade. Na opinião do advogado, o grande diferencial dos escritórios regionais é que eles conhecem os desafios e dificuldades locais, e isso torna sua atuação mais dinâmica e personalizada.
Já Fernanda, representante do Distrito Federal detalhou que a advocacia em Brasília mudou muito nos últimos 30 anos, época em que ela chegou à região. Ela relatou que, no ano em que começou a advogar por lá (1985), a advocacia era praticamente de correspondência e que, à exceção de uma grande firma com sede em São Paulo que possuía filial na região, os escritórios eram todos locais. Com o tempo, houve um aumento gigantesco de casos em Brasília - sobretudo nos Direitos do Consumidor, Privado e Tributário - e que isso acabou desenvolvendo mecanismos de recursos repetitivos e repercussão geral.
Entrando mais na questão das peculiaridades dos julgadores e da importância de conhecê-los bem, Flávio foi enfático em apontar a necessidade de saber como pensa o judiciário da região e em dizer que apenas um escritório local pode fazer isso efetivamente; uma banca de Goiás pode não conhecer tão bem os casos tratados pelo judiciário de Fortaleza como um escritório fortalezense conheceria, e vice-versa. O participante centro-oestino explicou que isso não se dá apenas pelo fato de acompanhar decisões judiciais locais e comentá-las com os colegas, mas também por possuir diversas relações pessoais no dia a dia com os juízes, tais como encontrar em restaurantes, ter filhos estudando na mesma escola ou ter estudado na mesma turma da graduação, pós e afins. Ele relata que isso faz uma diferença enorme na hora de entender como os julgadores pensam e decidem.
Priscila, que representou o Sul do país na conversa, foi questionada acerca do que torna sua advocacia regional peculiar. A sócia do Arruda Alvim, Aragão, Lins e Sato Advogados ressaltou a importância de dominar a arte da persuasão, estando próximo ao interlocutor e passar credibilidade com uma prática jurídica constante e consistente. Pontuou também que as barreiras impostas pela pandemia, que obrigaram os advogados a adotar relações virtuais durante o trabalho, prejudicam um pouco essa atuação. Por outro lado, ela lembrou que a tecnologia, quando bem aproveitada, nos torna mais humanos por possibilitar que os advogados se dediquem ao que foram destinados a fazer, sem perder tempo com tarefas repetitivas e burocráticas.
Por fim, o representante nordestino da live ilustrou como é fazer a advocacia em sua região. Wilson afirmou que é indispensável conhecer o negócio dos clientes, entendendo a realidade local e indo além de apenas conhecer o judiciário regional. Ele também lembrou que o Nordeste é um mundo, visto que é a região brasileira com mais estados - nove, ao todo - e que o mesmo código de processo civil é interpretado de diferentes maneiras em cada um deles.
Assim, a Análise Editorial divulga seu mais novo ranking: o Análise Advocacia Regional, que chega ao mercado com a ideia de dar mais visibilidade às bancas que se destacam na prestação de serviços da advocacia empresarial em cada região. Isso torna o especial uma referência no momento de buscar um escritório renomado numa parte específica do Brasil, adequando a firma escolhida de acordo com a abrangência de sua atuação. Clique aqui para conhecer os Mais Admirados nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste + Distrito Federal.