Pela primeira vez, na pesquisa publicada no anuário ANÁLISE ADVOCACIA 2022, a área de ESG está ranqueada entre as mais promissoras para o próximo ano. Na pesquisa feita pela equipe da Análise Editorial, 8% dos 784 executivos jurídicos - a maior parte deles do setor de energia elétrica - deram um de seus votos para a especialidade. A cresceu quatro vezes mais entre as especialidades que mais vão gerar demandas no próximo ano.
"A expressão ESG é ampla e os escritórios tem se dedicado a obter certificações", observa Wanderley Fernandes, diretor jurídico corporativo da SPIC Brasil, um dos que foram ouvidos na pesquisa do anuário deste ano. A sigla, em inglês, contempla os pilares de environmental, social e governance, traduzidos como meio ambiente, aspecto social e governança.
A advogada Roberta Jardim de Morais, eleita Mais Admirada pelo anuário desde 2015, avalia que o ESG "ganhou mais corpo nos últimos anos tendo em vista o contexto da pandemia. As pessoas ficaram muito mais atentas a questões sociais e ambientais". Ela atua como leading lawyer da banca Milaré Advogados, escritório eleito Mais Admirado na área Ambiental desde 2006.
Para ela, existe um novo perfil do profissional do Direito. Para dar suporte aos seus clientes, o advogado necessita de uma capacitação que abranja a ideia de governança corporativa, mas que também passa por Direito Societário, Direitos Humanos e Ambiental em prática.
Fernandes, na outra ponta do negócio, destaca que o olhar do mercado tem ficado mais exigente nesse quesito. "Seja pelas empresas ou pelos bancos, os escritórios estão sendo demandados nesse aspecto e isso é apresentado ao mercado como diferencial para a contratação", explica o executivo.
Apesar do crescimento expressivo da área, na avaliação da leading lawyer, o setor ainda tem muito espaço para crescimento. "Hoje ainda há uma preponderância do discurso em relação a prática verdadeiramente necessária para que esses três pilares do ESG (meio ambiente, aspecto social e governança) sejam consolidados", reflete Roberta.