Empresas de todos os segmentos precisam lidar com questões jurídicas. A partir da quantidade de processos, o departamento pode decidir por terceirizar parte das demandas para desenvolver uma estratégia mais adequada às suas atividades. Desde 2010, a Análise Editorial investiga como funcionam os departamentos jurídicos das maiores empresas brasileiras, sendo possível identificar uma tendência de quais especialidades são mais atendidas internamente e quais necessitam de auxílio de um escritório de advocacia.
No primeiro ano em que foi perguntado aos executivos jurídicos sobre a atuação do departamento, 86% dos heads responderam que a especialidade que mais atendiam internamente era Contratos Empresariais. Nove anos depois, a especialidade permanece como a que menos precisam terceirizar, segundo 77% dos responsáveis pelo setor. Já o Direito Penal parece ser a área que os advogados corporativos possuem menos expertise, sendo necessário contratar os serviços de bancas com profissionais especializados. Em 2010, apenas 21% dos departamentos analisados afirmaram responder pelas demandas penalistas, e na última edição do anuário a porcentagem caiu para 8%.
Na edição de 2017, passou a ser possível indicar se as empresas atendiam alguma área do Direito de forma parcial. A especialidade que mais se destacou nessa opção, nos três últimos anos, foi Direito Tributário, ou seja, além de atenderem internamente algum volume da especialidade, os departamentos também recorrem aos serviços de escritórios de advocacia. No último ano, metade dos heads jurídicos entrevistados para o Análise Executivos Jurídicos e Financeiros indicaram atender parcialmente as demandas tributárias, seguido por Cível (49%) e Trabalhista (48%).