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Análise Advocacia D&I 2023 mostra que incluir está no DNA dos escritórios mais influentes do mercado

Desde a primeira publicação, o número de escritórios que participam da pesquisa sobre Diversidade e Inclusão aumentou em 73%

17 de August de 2023 15h51

O e-book ANÁLISE ADVOCACIA DIVERSIDADE E INCLUSÃO 2023, elaborado pela equipe da Análise Editorial e lançado na quinta-feira passada, 10, joga luz sobre um dos aspectos mais dinâmicos do mercado jurídico empresarial e mostra mudanças que vieram para ficar no DNA dos escritórios que se mantêm relevantes no mercado.

A mudança começa na perspectiva que as bancas têm em relação à pesquisa: em comparação com o primeiro ano do anuário, o número de participantes subiu 73,4%. Na edição de 2023, foram ouvidos 333 escritórios de advocacia de todo o País, com o objetivo de construir uma representação de como eles abordam as práticas de D&I internamente.

A equidade de gênero emerge como o principal enfoque das iniciativas adotadas pelos escritórios que participaram da pesquisa deste ano, representando 49% das bancas. Em seguida, o estudo identificou que a questão racial desponta (recebendo atenção de 47% dos escritórios pesquisados), seguida por medidas voltadas à comunidade LGBTQIA+ (44%), inclusão de pessoas com deficiência (25%), integração de pessoas com mais de 50 anos (25%) e diversidade religiosa (18%). Um dos temas do anuário de 2022, neurodiversidade, está no foco de 11% das bancas.

Esses números não são apenas discurso: de acordo com o anuário ANÁLISE ADVOCACIA 2022 da Análise Editorial, 38% dos executivos jurídicos entrevistados afirmaram que a falta de práticas de D&I os influencia a rescindir contratos com escritórios de advocacia. Quase metade, ou seja, 48%, mencionou que leva em consideração essa questão ao escolher uma banca para contratação.

Ricardo Lagreca Siqueira, diretor jurídico do Mercado Livre, compartilha que recebe abordagens constantes de escritórios que buscam apresentar seus serviços. "Antes de qualquer conversa, mandamos um formulário de diversidade. A partir disso, sabemos se o escritório de fato tem um fit cultural conosco, no sentido de levar a sério a diversidade", conta o diretor.

Essa postura não é um caso isolado. Ianda Lopes, diretora jurídica da Uber, compartilha que a empresa conduziu um censo para identificar quantos advogados negros estão trabalhando nos escritórios contratados. O critério adotado é rigoroso: "se uma banca quiser realmente ampliar sua diversidade, precisa fazer mais do que está fazendo. Mais do mesmo não funciona. É preciso investir tempo e recursos financeiros para fazer a coisa acontecer".

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