O que mais se ouviu no pavilhão de exposições Frei Caneca nesta terça-feira, dia 30, foram as palavras "Inteligência" e "Artificial". Entre as dezenas de palestrantes, a AB2L reuniu, no evento que batizou como "No Multiverso da Lawcura", administradores e sócios de escritórios de advocacia, representantes de entidades governamentais e especialistas em tecnologia para discutir o futuro das lawtechs no Brasil.
O evento também contou com 90 empresas de tecnologia para o mercado jurídico expondo seus produtos e uma sessão de gamificação, o que, segundo a organização, tornava a experiência mais cativante e divertida.
Participaram da abertura o diretor da AB2L, Daniel Marques, o secretário de governança e gestão estratégica da AGU, Alexandre Colares, e a conselheira do CNJ, Daiane Lira.
O sócio fundador do Lima ≡ Feigelson Advogados, Bruno Feigelson, falou durante o painel "Liderando a Mudança: Estratégias Para o Futuro dos Escritórios de Advocacia" sobre a formação do grupo, do qual também é conselheiro.
"A AB2L começou num grupo de Whatsapp com 5 pessoas e hoje tem 5 mil pessoas aqui em um evento de tecnologia", disse. "A ideia aqui é ter um papo franco sobre passado, presente e futuro do mercado da advocacia".
Durante a manhã, representantes de escritórios com iniciativas na área da tecnologia compartilharam experiências, como Lisa Worcman, sócia do Mattos Filho, comentou sobre o Attix, uma ferramenta que olha para o que as empresas de tecnologia já têm disponível no mercado.
"O Attix faz um mapeamento de soluções tecnológicas e mentoria de produto", disse Worcman. "O método de inovação que escolhemos abraçar é um programa que olha o que existe no mercado. É uma forma de se abrir para o mercado e entender o que são todas essas startups e entender como isso muda a operação do direito".
Também participou da feira a diretora-presidente e publisher da Análise Editorial, Silvana Quaglio no painel "Ecossistemas de Inovação: O Protagonismo dos Congressos Jurídicos Como Propulsor da Inovação".
"Eu vejo os escritórios muito antenados. Nestes 19 anos que estamos acompanhando o mercado, não é uma transformação, é uma revolução o que eu enxergo, porque a cultura dos escritórios está mudando, e eles estão realmente preocupados e aprendendo a conviver com o antigo e o novo".
Além disso, houve uma certificação apoiada pela Análise Editorial de Departamentos Jurídicos 4.0, que destacou os líderes em inovação jurídica e foi concedida durante o evento.