DESAFIO
Com uma carteira superior a 7 mil processos judiciais sob patrocínio, todos vinculados a uma instituição financeira de grande porte (Banco BMG), o Lucchesi & Dolabela Sociedade de Advogados identificou um entrave recorrente: o congelamento da tramitação processual por períodos prolongados. Esses entraves decorriam de diversos fatores, como saída do fluxo de intimações, encaminhamento para perícia sem movimentação posterior, vinculação a IRDRs já julgados, processos conclusos sem sentença por longos períodos e outros casos paralisados por falhas administrativas ou omissões. A ausência de movimentação comprometia o desempenho global, dificultava a gestão do passivo e impedia o alcance de metas definidas pelo cliente institucional, cuja prioridade era a redução efetiva da base de processos ativos.
SOLUÇÃO
O escritório implementou um sistema contínuo de monitoramento dos processos com tramitação paralisada, estruturado sobre ferramentas de jurimetria e business intelligence. Por meio desse sistema, foram mapeados processos estagnados por mais de 90, 180 e 365 dias. A partir desse filtro, foi desenvolvido fluxos de atuação estratégica para reativar esses casos, por via direta ou indireta, conforme o tipo de paralisação detectada.
IMPLEMENTAÇÃO
O fluxo se inicia com a identificação automatizada dos processos paralisados em tempo relevante. Cada caso é, então, analisado individualmente, com consulta direta aos autos para diagnóstico preciso do motivo da estagnação. A atuação subsequente envolve requerimentos nos autos para saneamento ou prosseguimento, envio de e-mails direcionados às Secretarias, contatos telefônicos quando viável, e peticionamentos específicos — sobretudo quando os processos se encontram dentro das metas de prazo do CNJ, o que justifica tecnicamente o pedido de priorização. A atuação é registrada e acompanhada em painel próprio de controle, o que permite medição contínua dos resultados e retroalimentação da estratégia.
RESULTADO
A prática gerou uma redução significativa da base de processos paralisados, promovendo aumento expressivo no número de encerramentos e impacto direto nas metas contratuais definidas pelo cliente institucional. Além disso, contribuiu para desobstruir fluxos internos do Judiciário, promovendo efetividade jurisdicional. A sistematização do impulsionamento conferiu ao escritório um ganho de eficiência e reforçou sua reputação junto ao contratante, que valoriza a gestão ativa e o controle de passivo como pilares do desempenho jurídico.