Saber se comunicar com o público é primordial para o sucesso de qualquer empresa ou escritório de advocacia. A boa comunicação não está apenas relacionada à forma de apresentar produtos e serviços, mas também mostrar personalidade, posicionamentos, gerar valor, encantar as pessoas e transmitir a mensagem de que é possível confiar em uma marca. São inúmeros modos de conseguir um primeiro contato com o público até alcançar a conquista e retenção de clientes, e quem define tudo isso é o marketing.
O marketing representa o meio de relacionamento entre a empresa e o público, com uma série de conceitos, estratégias, canais e metodologias fundamentadas em atender interesses, despertar desejos e ampliar a visibilidade de marcas, produtos e serviços. O mercado exige a aproximação das empresas com seus clientes, e a boa comunicação contribui neste sentido, pois além de impulsionar o alcance da marca, gera retornos financeiros e dá mostras de que apostar em ações de marketing é um bom investimento.
Essa proposta vale para todos os tipos de mercado, inclusive o jurídico. Nele, as estratégias de marketing têm como objetivo atrair e fidelizar clientes, mas, sobretudo, promover a marca do advogado ou do escritório, trabalhando credibilidade e expertise na advocacia. Nesse meio, todas as ações de comunicação devem seguir as normativas do Provimento 205/2021, aprovado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), que está em vigor desde agosto de 2021 e aborda novas regras para a comunidade jurídica.
Para isso, além de ter conhecimento sobre as restrições impostas pelo novo provimento, é de extrema importância ter um cuidado especial com a qualidade de todos os conteúdos que são produzidos pela empresa, além de explorar as possibilidades de canais por onde podem ser divulgados. Nesse aspecto, o ambiente digital ganha cada vez mais força.
Negócios jurídicos são facilmente encontrados
Segundo uma pesquisa realizada pela Provokers com 1.025 homens e mulheres de 18 a 64 anos de todo o Brasil, 96% dos brasileiros pesquisam, de forma on-line, produtos e serviços de pequenas e médias empresas (PMEs). O estudo tem o objetivo de entender como as PMEs podem usar a web e ferramentas do Google para ganhar novos clientes e impulsionar suas vendas.
A lógica é muito simples. O que você faz quando precisa de uma informação? Se a resposta for "acessar o Google", saiba que está longe de ser o único. Outro estudo, da empresa norte-americana de marketing digital imFORZA, aponta que 93% de toda a experiência on-line das pessoas começa usando um buscador.
Assim como no jurídico é importante ter respostas para todas as situações, no marketing o mais importante é o seu produto, serviço ou empresa ser a resposta daqueles que o buscam. Por isso, ter um conteúdo de qualidade e que seja facilmente encontrado é fundamental para toda estratégia do profissional de advocacia.
Ter conteúdo de qualidade significa oferecer relevância ao público. Nesse sentido, o Google tem um papel importante, pois ele é quem define a ordem do que deve melhor responder à dúvida do internauta. Ou seja, estar entre as primeiras colocações significa ser relevante e facilmente encontrado.
A mesma pesquisa da imFORZA mostrou que 75% dos usuários nunca passam da primeira página do Google. Por isso, para que sua empresa seja encontrada, é ali que ela precisa estar.
Nesse sentido, ter um site é um princípio básico para qualquer negócio jurídico. O site é o cartão de visitas do escritório. Imagine quantas pessoas podem acessá-lo em um dia e compare com o número de visitas presenciais que a sua empresa recebe em uma semana. Ter um site bonito, organizado e de fácil acesso é um diferencial de mercado.
Redes sociais aproximam escritórios aos clientes
Além do Google, as redes sociais aparecem como alternativas para que o profissional jurídico seja facilmente encontrado no ambiente digital. Além de darem mais visibilidade, também aproximam advogados e escritórios de seus clientes. Afinal, o marketing jurídico também diz respeito ao atendimento oferecido.
Uma dúvida muito recorrente é sobre em qual rede atuar. A princípio, marcar presença nas principais (Facebook, LinkedIn e Instagram) significa ter mais visibilidade, mas para ter o retorno esperado, a escolha vai depender do modelo de negócios e do público que quer atingir.
Se uma empresa busca outras companhias como clientes, o LinkedIn aparece como melhor alternativa. Por ter um perfil mais corporativo, a rede contribui para que o profissional jurídico tenha a sua imagem consolidada no meio digital. Além disso, também é um espaço para networking entre as conexões.
Entre outras ações que podem ser executadas nas redes sociais, respeitando a regulamentação do novo provimento de publicidade na advocacia, estão o compartilhamento de artigos, vídeos, decisões com as quais os escritórios compactuam com uma breve colocação.
Além disso, compartilhar notícias, resoluções e outros fatos do cotidiano também são práticas que demonstram como o profissional está atualizado sobre os fatos que ocorrem no Brasil e no mundo. Publicar sobre participações em congressos e seminários também são bem-vistas nas redes.
O mais importante de tudo está relacionado à produção de conteúdo. É assim que o profissional, ou escritório, apresenta sua expertise em determinados temas - por meio de textos, artigos e vídeos -, com uma linguagem de fácil compreensão, deixando o "juridiquês" de lado.
Vale destacar a importância de ser ativo nas redes sociais. Com a mudança constante de algoritmos, cada vez mais conteúdos são produzidos, e estar entre os mais relevantes tem sido um desafio. Para isso, publicar com frequência atende aos interesses desses robôs, além de dar o retorno esperado ao escritório.
Conclusão
A importância de entender e atuar com marketing se dá pelo retorno atribuído a negócios jurídicos. Ter uma marca forte, consolidada e reconhecida são valores primordiais nesse mercado.
O marketing propicia ter mais alcance para se conectar a mais pessoas, expandir negócios e atravessar fronteiras; mas, no jurídico, com tantas restrições e novidades relacionadas à comunicação e publicidade na advocacia, é necessário também ter conhecimento de todas as normativas. Ainda assim, são muitos os caminhos a serem explorados.