A decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de apresentar denúncias separadas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros investigados por suposta conspiração para anular o resultado das eleições de 2022 pode aumentar as chances de um desfecho antes do pleito presidencial de 2026.
Paulo Gonet, procurador-geral da República, dividiu os 34 acusados de tentativa de golpe em cinco denúncias distintas, alegando que essa estratégia visa otimizar o andamento processual. A denúncia contra Bolsonaro inclui apenas ele e outros sete investigados, o que pode agilizar o trâmite judicial.
A previsão é de que a sentença seja proferida ainda em 2025, com o objetivo de concluir o caso antes das eleições de 2026 e evitar que o processo se estenda até o período eleitoral. Caso os réus recorram da decisão, a tramitação poderá se prolongar, mas a expectativa no Supremo Tribunal Federal (STF) é de que o julgamento final ocorra até o fim do ano.
Embora os procuradores não tenham abordado diretamente as implicações eleitorais do caso, eles reforçaram a gravidade da suposta ameaça à democracia representada pelos atos investigados.
Para que o julgamento ocorra antes do final do ano, no entanto, o STF precisará conduzir o processo em ritmo acelerado, o que dependerá da priorização da pauta e da tramitação dos recursos apresentados pela defesa.