Além dos diversos rankings e tabelas que exibem os escritórios e advogados Mais Admirados do Brasil, o anuário ANÁLISE ADVOCACIA também conta com totalizações e estatísticas que ilustram o atual cenário jurídico do país. Segundo dados levantados na edição de 2021 da publicação, novas tendências no mercado vêm apresentando um significativo crescimento em meio ao último ano, dentre elas o Visual Law, prática que combina recursos visuais e textuais com a finalidade de trazer uma maior clareza e dinamismo para assuntos jurídicos.
A porcentagem de escritórios que indicaram a prática como uma das mais utilizadas é expressiva: 34% dos respondentes consideraram o Visual Law como uma das melhores opções de novas tecnologias e métodos inovadores atualmente, ficando atrás apenas de softwares de gestão de processos judiciais (90%) e de softwares de gestão administrativa (87%).
Para Paulo Reganin, legal designer e responsável pela gestão da marca e comunicação corporativa do escritório Vaz de Almeida Advogados, o Visual Law é capaz de agregar valor a um material e atrair atenção para os mais diversos negócios e firmas. Em seu conceito, a prática representa um design de comunicação legal, utilizando de recursos gráficos e plásticos para cativar os leitores e tornar a leitura dos materiais mais compreensível.
Paulo explica que, diante do cenário de pandemia, o mundo esteve cada vez mais diante das telas, resultando em um aumento significativo da comunicação visual. A arte tornou-se uma aliada das informações de qualidade, apresentando conteúdos ricos com uma linguagem leve, eficiente e convincente; o Legal Design, área que engloba o Visual Law, tem sido visto como um fator intensificador do trabalho criativo em escritórios e empresas.
Sócia responsável pela área de inovação jurídica do Opice Blum, Bruno e Vainzof Advogados Associados, escritório referência em Direito Digital, Danielle Serafino é coordenadora, no Estado de São Paulo, da pesquisa sobre o uso do Visual Law no Judiciário brasileiro. Ela adiciona que a prática não consiste apenas na elaboração de conteúdos visualmente agradáveis, indo muito além disso; a ideia é proporcionar uma experiência diferente para o leitor.
Danielle enfatiza que a transformação de informações complexas e técnicas para um conteúdo mais simplificado, juntamente com a utilização de layouts visuais, contribui para que o cérebro compreenda os assuntos abordados no material de uma forma mais fluída. O Visual Law, segundo a sócia, é utilizado em todos os tipos de documentos e áreas de atuação do escritório, ponto que se tornou um verdadeiro atrativo para clientes, que por sua vez fizeram com que a prática fosse altamente requisitada.
Por fim, os profissionais pontuam que a prática é uma tendência que vai permanecer no mercado, e que não vai se restringir apenas à produção de material para clientes, mas também se fará presente na comunicação interna entre os próprios escritórios, empresas e seus colaboradores. Pensar cada vez mais fora da caixa é a essência do Visual Law, e isso permite com que a prática venha se tornando cada vez mais uma estratégia única de promoção do acesso à Justiça. Para ficar por dentro dos demais conteúdos sobre Visual Law em nossa plataforma, clique aqui.