O Bate-papo com Análise desta quinta-feira (2) recebeu advogados com 30 anos de idade ou menos, que foram eleitos Mais Admirados no ANÁLISE ADVOCACIA 2021, para falar sobre a modernização da advocacia e de seus profissionais. Silvana Quaglio e Alexandre Secco conversaram com Arthur Ferrari Arsuffi, sócio do Reis, Souza, Takeishi & Arsuffi Advocacia Empresarial, Igor Luna, sócio do Almeida Advogados e Thiago Adorno Albigiante, advogado do Fialdini Einsfeld Advogados, que falaram sobre aspectos como o reconhecimento no anuário, o relacionamento com os clientes e como manter-se em alta na carreira.
Arthur iniciou o bate-papo ressaltando a alegria de figurar na publicação pela primeira vez. Ele apontou que a presença no dia a dia com os clientes e a participação nos casos são indicadores de que se está fazendo a coisa certa. Em seguida, o sócio destacou que o preconceito em relação à advocacia jovem está, cada vez mais, sendo desconstruído. Na visão de Arthur, os diretores jurídicos das empresas não se importam, atualmente, se o advogado é jovem ou velho; o que eles objetivam é trabalhar com profissionais competentes.
Em seu quarto ano integrando o ranking dos Mais Admirados, Igor enfatizou que o reconhecimento é reflexo do trabalho bem feito que vem sendo realizado. Na mesma linha de Arthur, o sócio concordou com a desconstrução do preconceito com advocacia jovem e afirmou que aqueles que entregam um bom trabalho estão sendo valorizados. Ele alertou sobre os cuidados dos jovens com distrações que não levarão a uma qualificação técnica, pois, para ele, o sucesso no Direito não é sinônimo de engajamento em redes sociais, como o LinkedIn.
Thiago encerrou o bloco declarando que a qualidade técnica é um diferencial impossível de ser deixado de lado. Para ele, a geração mais nova possui uma grande capacidade de se adaptar ao imenso fluxo de informações, que chega rapidamente. O advogado afirmou ser importante saber colocar as informações de maneira objetiva e concisa para o cliente, sem perder o rigor técnico.
Sobre a advocacia do futuro, os sócios projetam que será bastante diferente. Com menção para a inteligência artificial, Arthur frisou robôs já existentes e que exercem alguns trabalhos advocatícios, citando o caso da Suécia como exemplo: lá, existem juízes digitais que analisam casos. Na visão do sócio, haverá uma divisão na advocacia na qual os advogados estratégicos, que elaboram e argumentam, serão separados daqueles conhecidos como "técnicos em Direito", que fazem atividades burocráticas. De qualquer forma, o profissional afirmou que todos precisarão se reinventar no aspecto da comunicação, pois quem ganha é quem argumenta melhor.
Igor e Thiago também analisaram que atividades mecânicas serão substituídas pela realidade da inteligência artificial. Em contrapartida, ambos reforçaram que a leitura das análises feitas não são sinais de "agressão" aos mais experientes; para eles, as gerações mais velhas trazem a experiência, enquanto as mais novas trarão novos valores e maneiras de atuar.