A TV Análise, canal da Análise Editorial no YouTube, debateu o impacto da geração Z na cultura dos escritórios de advocacia. O Programa Análise Advocacia desta quinta-feira, 2, contou com a presença da head of people and culture do b/luz, Leila Funfas, managing partner do Demarest, Paulo Rocha, e diretora de gestão e desenvolvimento humano do /asbz, Simone Paris. Silvana Quaglio e Alexandre Secco, respectivamente CEO e conselheiro editorial da Análise, conduziram a conversa, a qual se iniciou destacando o anseio dos mais jovens por questões sociais.
Segundo Paulo Rocha, esse é um tema muito importante para aqueles que têm até trinta anos, e eles são responsáveis por alertar os mais experientes quando deixam as questões sociais de lado. "A geração Z ensina muito para nós, eles têm interesse na diversidade, também nas causas sociais e na sustentabilidade. Eles sempre nos lembram da relevância [desses temas] no mundo dos negócios. Às vezes, ficamos focados em trabalhar nisso ou naquilo, focados em atender o cliente, e essa geração vem e nos chama a atenção dizendo que não é só isso, que eles precisam estar em um ambiente que tenha valores iguais aos deles."
Simone Paris falou sobre alguns pontos em que a geração Z pode se aprimorar ainda mais. "Dedicação e abertura para ouvir, é aquilo de entender que são dois lados, a construção é mútua, não acontece sozinha. Mas, acima de tudo, estarem abertos a receber, existe uma certa resistência em ouvir questões de aprendizado e desenvolvimento.". No entanto, ressaltou que um dos fatores que mudou a mentalidade da juventude foi a pandemia do Covid-19.
Leila Funfas compartilhou sua perspectiva sobre a relação da geração Z com a tecnologia, destacando que embora os mais jovens tenham um domínio inato desse campo, ainda necessitam de orientação. Ela enfatizou que essa geração prospera nesse ambiente, mas reconhece a importância do suporte da geração X para fornecer as orientações necessárias. Para Leila, a presença da geração Z no escritório é uma fonte de aprendizado constante, especialmente considerando o DNA tecnológico da empresa. Essa interação entre diferentes gerações contribui para um ambiente de trabalho flexível e colaborativo, onde a inovação é valorizada e incentivada.
Sobre as questões do cotidiano, Leila disse que é natural que a juventude traga uma flexibilidade maior a isso: "50% do b/luz está dentro dessa geração. Então, naturalmente, o ambiente é mais informal. Não há um dress code, não é algo muito formal. É um ambiente leve e flexível. Aqui, nós trabalhamos de forma híbrida e nos esforçamos para ter um programa muito organizado, que proporcione equidade para as pessoas entenderem os dias em que virão presencialmente ao escritório".