Nesta quinta-feira, 20, a Análise Editorial reuniu executivos jurídicos, sócios de escritórios de advocacia, profissionais de marketing jurídico e consultores independentes para o lançamento do anuário ANÁLISE DNA 2025. O evento reuniu os principais nomes do setor em um encontro marcado por troca de experiências, reflexões sobre o cenário atual da advocacia e muito networking qualificado. Confira as fotos do evento aqui.
Por meio de palestras conduzidas pelos fundadores da Análise Editorial — Silvana Quaglio, Eduardo Oinegue e Alexandre Secco —, foram compartilhadas visões sobre os desafios e as transformações do mercado jurídico no Brasil. A programação foi encerrada com a participação do diretor comercial Alexandre Raciskas, que falou sobre a trajetória da Análise e destacou possíveis caminhos e oportunidades para fortalecer as conexões entre escritórios, departamentos jurídicos e outros agentes do setor.
Durante a abertura, conduzida por Silvana Quaglio, CEO e publisher da Análise, ela aproveitou a oportunidade para celebrar os 20 anos da empresa, destacando a relevância de sua trajetória no mercado jurídico do país. "Em um país onde três em cada dez empresas não completam um ano de funcionamento, alcançar 20 anos é um marco muito importante", destacou.
Análise política e econômica do Brasil
Entre os desafios elencados por Eduardo Oinegue, ao abordar um panorama nacional, está a alta taxa de juros. Segundo o sócio fundador da Análise, isso diminui a competitividade do mercado nacional em comparação a outras economias. "Uma dívida de cem mil reais no Brasil, após dez anos, com uma taxa de 14,25% ao ano, chega a 300 mil. Empresários de países com taxas mais baixas podem fazer investimentos muito maiores que os nossos, pagando a mesma quantia. Não dá para competir assim, é muito complicado".
Além disso, o sócio fundador da Análise destacou que há um problema de infraestrutura no país, que prejudica principalmente o agronegócio, setor que, segundo ele, vem se destacando na atual economia brasileira. "Temos um problema grave de armazenagem no agronegócio, não há mais como estocar em alguns lugares. Se tivermos uma supersafra — e, ao que tudo indica, teremos —, enfrentaremos problemas", afirmou.
Para ele, há um problema de infraestrutura no Brasil, especialmente no escoamento da produção. Embora o porto de Santos seja uma importante via de exportação, um terço da produção do Mato Grosso ainda é transportada para o norte do país por meio do modal rodoviário, o que evidencia a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura para melhorar a logística e aumentar a eficiência no escoamento da produção nacional.
Apesar dos obstáculos destacados, Oinegue ressaltou que, independentemente de fatores externos, o foco deve estar no interior das empresas e escritórios. "Não temos um compromisso com quem vai ganhar a eleição, com quem ganhou a eleição nos Estados Unidos ou com as questões do Oriente Médio. O que devemos focar é no que você precisa fazer no seu escritório ou na sua empresa, quais são as ações certas a serem tomadas, independentemente de qualquer cenário externo."
Marketing na advocacia
Alexandre Secco ministrou a palestra "Marketing Jurídico: mais marketing e menos jurídico", na qual discutiu como o marketing pode beneficiar os escritórios de advocacia. Segundo o sócio fundador da Análise Editorial, é possível desenvolver campanhas de marketing eficazes, mesmo com as restrições impostas pela OAB. No entanto, para alcançar esse objetivo, é fundamental que as bancas reavaliem sua abordagem em relação ao tema.
Secco também ressaltou que, para elaborar uma campanha de marketing eficiente para um escritório de advocacia, é fundamental escolher a mensagem correta, alinhada aos interesses do público que o escritório deseja alcançar. "Não vendemos apenas produtos e serviços; vendemos marca, ideia, autoridade. A comunicação, portanto, deve ser pensada para influenciar e gerar conexões."
Além disso, somente com essa mudança de mentalidade sobre as estratégias de comunicação das bancas haverá mais espaço para investimentos e resultados palpáveis para os escritórios. "Com esse investimento, estarei realmente me comunicando com as pessoas? Quando isso se tornar uma regra, os escritórios aprenderão a investir no marketing de forma estratégica, buscando um retorno claro, objetivo e que contribua para o crescimento sustentável do negócio", afirmou Secco.
Análise Editorial no mercado
Alexandre Raciskas, diretor comercial da Análise Editorial, destacou a importância do trabalho da editora ao trazer dados valiosos para o mercado jurídico. Ele apresentou informações sobre o rompimento de vínculos entre empresas e escritórios, coletadas durante a pesquisa do anuário ANÁLISE ADVOCACIA 2025. O gráfico revelou que 38% dos executivos romperam contratos com pelo menos um escritório no último ano, e que 20% pretendem fazer o mesmo no próximo período.
O diretor também anunciou a mudança de nome do prêmio Análise DNA+Fenalaw, parceria entre a Análise Editorial e a Fenalaw que, a partir deste ano, passará a se chamar Análise Fenalaw. Além disso, ele revelou que executivos jurídicos têm solicitado uma premiação semelhante, focada em empresas, e afirmou estar estudando a viabilização desse projeto.
Raciskas também apresentou os resultados de enquetes que destacam a importância do trabalho da Análise Editorial, tanto nos diretórios e rankings online quanto nas publicações impressas, algo que a maioria das revistas estrangeiras já não pratica mais.
Em relação ao diretório online, 7 em cada 10 dos entrevistados consideraram essa iniciativa relevante, o que explica as 56 mil buscas mensais por escritórios de advocacia na plataforma analise.com. A enquete ainda revelou que 55% dos participantes acreditam ser necessária a edição impressa das publicações. Caso tenha interesse em apoiar esta publicação, entre em contato pelo e-mail [email protected].