Número de mulheres na chefia financeira aumenta, mas ainda é diminuto | Análise
Análise

Número de mulheres na chefia financeira aumenta, mas ainda é diminuto

Em dez anos, o total de líderes femininas no departamento cresceu somente 2%

12 de December de 2019 15h37

Em 2009, a Análise Editorial lançou o primeiro anuário focado em retratar os perfis dos executivos financeiros e, naquele ano, o número de mulheres gestoras do departamento de finanças correspondia a 8% da amostra total. Dez anos depois, o número de heads financeiras conseguiu alcançar a marca dos 10% - um crescimento ainda tímido, visto que dos 393 responsáveis financeiros entrevistados apenas uma em cada dez é mulher.

O retrato deste cenário também está refletido na premiação dos Executivos Financeiros Mais Admirados pelos próprios pares, na qual os votantes indicam até três profissionais de finanças que mais admiram. Neste ano, 77 executivos financeiros figuraram como finalistas do levantamento, sendo que apenas seis deles eram mulheres e, destas, somente uma alcançou a pontuação necessária para integrar a lista dos mais admirados: Célia Regina Hoffmann, da Copacol.

Não só o setor financeiro sofre com a falta de mulheres na liderança, mas o mundo corporativo como um todo. De acordo com o relatório "Women In Business and Management: The Business Case for Change", divulgado neste ano pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), as empresas que possuem mulheres na equipe, sobretudo em cargos de liderança, têm resultados melhores. Os benefícios foram notados na produtividade, rentabilidade, reputação e também na receita, com crescimento de 10 a 15%.

Já empresas do setor financeiro, especificamente, chegam a perder 700 bilhões de dólares por ano em receita por não escutar a opinião do público feminino ou adaptar os produtos para as mulheres. "As empresas estão perdendo dinheiro por não ouvir e, consequentemente, não entender suas clientes", afirma Jessica Clemper, coordenadora do relatório "Women In Financial Services", publicado pela consultora Oliver Wyman, responsável pela pesquisa.

Veja como é a presença feminina nas bancas mais admiradas de 2019.

ExecutivosExecutivos Mais AdmiradosJurídicos e FinanceirosMercado financeiroMulheres no Financeiro