Lei Geral de Proteção de Dados ocasiona novas demandas no Direito | Análise
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Lei Geral de Proteção de Dados ocasiona novas demandas no Direito

Aprovada em 2018, os reflexos da Lei continuarão em 2022, de acordo com especialistas

21 de December de 2021 8h

Desde a sua estreia no anuário ANÁLISE ADVOCACIA, em 2018, o Direito Digital segue em forte regime de expansão. Na última edição da publicação, a especialidade somou quase 500 citações entre escritórios e advogados, alcançando um aumento de 13 pontos percentuais no número de escritórios Mais Admirados, em comparação ao ano anterior.

De acordo com 67% dos executivos jurídicos entrevistados para a produção do ANÁLISE ADVOCACIA, Direito Digital será a área com mais demandas em 2022, seguida de Compliance e Direito Ambiental. Grande parte desta projeção está ligada com a implementação e organização da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no país.

Embora aprovada em 2018, a LGPD só entrou em vigor em setembro de 2020, sendo que suas diretrizes obrigatórias só passaram a valer em agosto deste ano. Como em toda legislação recente, o país ainda passa pelo processo de descobrimento e adaptação; um dos reflexos gerados pela LGPD é o da judicialização de demandas.

Em artigo exclusivo ao portal analise.com, o advogado Ricardo Oliveira — sócio do COTS Advogados — falou sobre o contencioso da LGPD. Em seu texto, o especialista destacou a adaptação, tanto dos titulares, que foram contemplados com direitos a serem exercidos contra os agentes de tratamento, quanto das autoridades, como Ministério Público, Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

A Lei Geral de Proteção de Dados tem como objetivo disciplinar e organizar toda e qualquer atividade que envolva o uso e o compartilhamento de dados pessoais, mobilizando assim diversas áreas dentro da advocacia. No artigo "LGPD e o tratamento de dados em Direito Penal", escrito por Pedro Beretta — sócio do Höfling Sociedade de Advogados —, é possível observar as restrições impostas pela Lei na área penal, além de entender melhor a LGPD Penal, um anteprojeto de lei elaborado em 2019, por uma comissão de juristas, para regular melhor a matéria de tratamento de dados no âmbito de segurança pública.

Além de estar presente em diversas especialidades dentro dos escritórios, a LGPD também se encontra nos departamentos jurídicos das companhias nacionais e internacionais. Como um reflexo da Lei, novas carreiras profissionais surgiram; dentre elas, a de Data Protection Officer (DPO), que permanece em expansão desde sua chegada.

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