Instituto New Law estrutura base na Suíça; CEO fala sobre holding de ensino | Análise
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Instituto New Law estrutura base na Suíça; CEO fala sobre holding de ensino

Bruno Barata comenta sobre nova holding, na qual o New Law será responsável pelas operações na América do Sul

3 de May de 2024 9h30

O CEO do Instituto New Law, Bruno Barata, disse à Análise que a instituição continua sua missão de expansão internacional. E, para isso, será o braço sul-americano de uma holding de ensino com sede na Suíça. Com viés claro de estabelecer um local fixo para imersões e palestras de curta duração, o CEO disse já ter sócios indianos e suíços.

"A gente já vem trabalhando na área internacional faz tempo, com missões e parcerias internacionais, por exemplo, professores dos Estados Unidos, Europa, Índia e China", disse. "Conversando com alguns potenciais sócios estrangeiros de fazer uma expansão, a gente viu a oportunidade de qualificar os alunos em outros países."

Barata disse que a operação deve começar em setembro deste ano, onde o New Law cuidará de toda a execução "do México para baixo" e tem foco no público asiático, em especial Índia, Indonésia, Japão, China, além de países da África como Moçambique.

"A escola vai ser na parte italiana da Suíça, perto de Milão, que é um lugar com custo razoável. A gente não quer concorrer com instituições inglesas ou francesas, até pelo nosso foco", disse Barata.

Fundada em 2018 por três ex-alunos da Faculdade de Direito de Harvard, nos Estados Unidos, o New Law promoveu, em seu primeiro ano, cinco dias de palestras na universidade americana com advogados brasileiros sobre arbitragem, direito da economia e tecnologia. O sucesso da empreitada foi tanto que o evento passou a ocorrer anualmente com o nome de Harvard Legal Symposium.

Na prática, a instituição dá ênfase a habilidades de negociação, liderança, comunicação e ética para o público jurídico. Com ajuda de professores estrangeiros, o New Law aborda temas da advocacia moderna, como o uso de inteligência artificial, compliance e tendências para esse mercado.

"É uma Edtech voltada para a educação executiva. Hoje, a gente faz cursos abertos in company para quem tiver interesse em contratar. Também ampliamos o escopo do público-alvo para o mercado corporativo como um todo e entidades públicas", disse. "Temos três linhas de atuação: cursos, eventos e missões internacionais."

No Instituto, a formação tradicional do advogado é discutida com o objetivo de aprimorá-la. A instituição compreende que a inclusão abrupta no mercado muitas vezes faz com que o recém-formado desconheça práticas de tribunais, o funcionamento dos escritórios e o marketing jurídico.

"Muitos advogados querem empreender e encontram barreiras da pouca idade e da falta de experiência para convencer aquele cliente de que prestam um bom serviço. Tudo isso é muito impactante", afirmou.

Em um mercado de R$ 50 bilhões, Bruno afirma que a advocacia brasileira ainda se adapta às mudanças advindas da tecnologia, onde muitos escritórios do interior e pequenos departamentos jurídicos foram substituídos por grandes bancas das capitais que prestam serviços à distância. Essa realidade faz com que a educação continuada seja um trunfo da instituição na hora de convencer os profissionais a participarem dos cursos.

"Os escritórios grandes mandam os profissionais para estudarem fora porque entendem que é importante estimular o advogado e não só sugar o conhecimento que ele tem, mas qualificar o profissional para que ele performe melhor", finalizou o advogado Mais Admirado no anuário ANÁLISE ADVOCACIA 2022.

Bruno Barata, CEO do Instituto New Law (Imagem: Análise Editorial/Divulgação)
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