Um dos dados levantados pelo anuário ANÁLISE ADVOCACIA 2022 e que mais preocupa os advogados é o percentual de rescisão de contratos com as empresas. Neste ano, 48% dos executivos que foram entrevistados afirmaram que encerraram parcerias com escritórios e 32% estão cogitando fazer o mesmo no próximo período.
"Nós acompanhamos muito de perto o trabalho dos advogados. Revisamos tudo e ficamos muito atentos aos relatórios. É necessário que tudo esteja bem atualizado", afirma Regina Helena Menezes Lopes, head jurídica da Allianz Seguros.
Para ela, assim como 17% dos executivos, o principal motivo para encerrar uma parceria é a baixa qualidade do serviço prestado. Regina explica: "o trabalho de qualidade técnica deve atender as expectativas da Allianz em termos de excelente desempenho, alto conhecimento técnico, produção sem erros, agilidade, disponibilidade para atender o cliente em qualquer situação, cumprimento dos prazos de entrega e confiança".
O diretor jurídico da Phillip Morris International, Rafael Leitão Wortmann, destaca três principais causas para uma rescisão. "O fit com a cultura da organização - formas de trabalho diferentes, quando preciso de x e a banca desenvolve y - honorários e qualidade do serviço".
Para além dos aspectos técnicos, ele destaca que "a qualidade do serviço está relacionada a ele estar de acordo com o que preciso. Para alguns trabalhos, não preciso de um grande dispêndio, mas sim de um parecer simples. Isso está conectado com a eficiência".
Outra estatística levantada pela ANÁLISE EDITORIAL, a respeito do atendimento dos escritórios, aponta que 47% dos executivos afirmam estar muito satisfeitos quando os contatos são feitos pelos principais sócios ou pelos advogados mais reconhecidos da banca. Já quando o atendimento é feito por outros profissionais, o percentual sobe para 59%.