Dentre os diversos levantamentos realizados na produção do anuário Análise Executivos Jurídicos e Financeiros, está a satisfação com a remuneração mensal recebida pelos heads dos departamentos. Na edição 2020 da revista, a quantidade de executivos financeiros que declararam que seu salário atende plenamente às expectativas ficou na faixa de 57%. Apesar de ainda representar mais da metade dos respondentes, esse total sofreu uma queda de dez pontos percentuais em quatro anos.
Magali Leite, diretora executiva de finanças do Hospital BP, explica que a insatisfação é um reflexo de uma mudança significativa no perfil do profissional financeiro, especialmente daqueles que se destacam na função.
Ao longo dos anos, a posição de CFO tem se tornado cada vez mais importante, estando presente em pontos vitais das companhias, como o conselho de administração. Para Adriano Miguel Vilbert, diretor administrativo-financeiro da Copérdia, a evolução estratégica do cargo é positiva, visto que os profissionais de finanças nunca tiveram tanto espaço como agora. De acordo com ele, a satisfação reduzida com a remuneração vem acompanhada do aumento da complexidade do cargo.
É possível observar que a posição de responsável pelas finanças das empresas sofreu mudanças nos últimos anos e passou a ser mais estratégica, estando conectada diretamente aos negócios das companhias. Segundo dados do site Salário, que pesquisa tanto remunerações quanto diversos cargos do mercado de trabalho, a média salarial de um diretor financeiro, atualmente, é próxima de R$ 15.000, enquanto o teto salarial chega a quase R$ 40.000.
Veja também a média de tempo que os profissionais de finanças demoram para alcançar a liderança do departamento.