O número de advogados dedicados às atividades pro bono quintuplicou nos últimos cinco anos, de acordo com o anuário ANÁLISE ADVOCACIA 2023/2024. Em 2018, apenas 4% dos escritórios de advocacia do Brasil possuíam advogados dedicados a essas áreas. Em 2023, esse número saltou para 21%. Veja a seguir dados sobre as atividades pro bono nos escritórios
De acordo com Luciana Tornovsky, uma das advogadas eleitas como Mais Admirada pela publicação e head de Responsabilidade Social Corporativa - além de ser uma das responsáveis pela criação da área de RSC (Responsabilidade Social Corporativa) e D&I no Demarest Advogados -, destaca que sempre teve a preocupação em ajudar as pessoas.
Desde a infância, demonstrou interesse por trabalhos voluntários, e, para ela, esse aumento reflete a tendência crescente da preocupação dos advogados com a justiça social.
Embora as recompensas sejam maiores do que as dificuldades, Luciana acredita que há muitos desafios para aqueles que atuam com pro bono nos escritórios.
Também eleita Mais Admirada pela Análise, Clarissa Machado, sócia e líder do comitê Pro Bono do Trench Rossi Watanabe, reforça que o real objetivo da advocacia pro bono é, no final do dia, ajudar populações vulneráveis a conhecerem e a exercerem corretamente os seus direitos. "Direito quer dizer justiça. Pro bono quer dizer para o bem."
No ponto de vista de Clarissa, o maior desafio é conseguir encontrar tempo para se dedicar. "O ideal é que exista um equilíbrio entre os trabalhos para clientes pagantes e para clientes pro bono. É essencial que um cliente pro bono seja tratado em todos os sentidos como um cliente pagante, desde a qualidade do trabalho até questões como conflito de interesse, controle de horas trabalhadas e outros aspectos administrativos", afirma.