Da primeira edição do especial ANÁLISE ADVOCACIA DIVERSIDADE & INCLUSÃO, lançada em agosto de 2021, até o lançamento da edição mais recente, a quantidade de escritórios que passaram a aderir às práticas de D&I aumentou em 10%.
Para que esse número possa continuar em crescimento, especialistas à frente de projetos inclusivos em alguns dos maiores escritórios do Brasil compartilham as principais recomendações para tornar o seu escritório mais inclusivo. Confira a seguir as principais etapas, segundo eles:
Pesquisa
Mencionada como o primeiro passo para estabelecer boas práticas no ambiente de trabalho, a pesquisa foi citada por todos os convidados do Bate-papo com Análise sobre Diversidade & Inclusão como uma etapa indispensável.
Camila de Albuquerque Oliveira, sócia do Queiroz Cavalcanti Advocacia, destacou na TV Análise que, no censo feito pelo escritório, 7% das pessoas responderam que não se sentiam acolhidas, e foi através desse dado que eles consolidaram novas metas para a firma.
Já Luiz Eduardo Amaral de Mendonça, sócio do Focaccia, Amaral e Lamonica Sociedade de Advogados, também reforça a importância em refazer as pesquisas com os colaboradores frequentemente. O censo possibilita uma visão mais concreta das metas que foram buscadas, além de levantar dados sobre o perfil interno da organização.
Time engajado
Com o censo feito, é hora de montar uma força-tarefa. É necessário mobilizar um time que, além de fazer parte dos grupos de afinidade, tenha um plano de ação voltado para todos, e não só para aqueles que têm interesse pelo tema. É o que pontua Maria Elisa Gualandi Verri, sócia do TozziniFreire Advogados, além de ressaltar a importância em manter o tema vivo.
É essencial que o comitê seja uma prioridade para o time, de modo que as ações realmente saiam do papel. Desse modo, o alinhamento com gestores é indispensável, principalmente, em momentos o foco dos colaboradores estará voltado para as iniciativas de D&I.
Planejamento
É importante entender que montar um comitê é um processo longo, que exige a busca de ferramentas que realizem a medição correta de dados. Ter o acompanhamento de pessoas e instituições que já têm experiência com o tema também pode ser positivo para a equipe, acrescenta Maria Gabriela Crus, advogada no Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados.
Assim como qualquer outra estratégia definida pelo escritório, é importante elaborar um plano de ação para que as iniciativas propostas sejam bem sucedidas. Ter um processo de escuta com os colaboradores para entender o que é necessário mudar refletirá positivamente, mesmo que a longo prazo.
Ações na prática
É desafiador no início, mas vale a pena, Camila adiciona. Em relação ao orçamento, Luiz explica que começou com passos pequenos, promovendo conteúdos ligados à diversidade e gerando mais vagas afirmativas, até chegar no atual momento de promoção de palestras e guias.
É mais importante investir em ações menores e mais viáveis de início, para gradualmente entender o retorno positivo que as iniciativas vão trazer para o escritório. Confira mais dicas e conteúdos do mundo jurídico na TV Análise, e a entrevista de lançamento do e-book ANÁLISE ADVOCACIA DIVERSIDADE & INCLUSÃO na íntegra no link abaixo: