Durante o lançamento do ANÁLISE ADVOCACIA MULHER 2024, realizado durante o Programa Análise Advocacia, a CEO do Opice Blum e Bruno, Camilla Jimene, defendeu políticas de fomento à carreira das mulheres nas empresas. Ela enfatizou a importância de proporcionar um ambiente saudável para essas profissionais. No entanto, ressaltou que essa discussão é relativamente recente e que no início de sua carreira essa questão não era considerada.
"A necessidade que eu sentia por ser mulher era de estar muito mais preparada do que meus pares homens. Eu entendia como uma síndrome de impostora, depois percebi que é uma fortaleza", disse a advogada Mais Admirada desde a primeira edição da publicação da Análise Editorial.
Homens e mulheres são vistos de maneira diferente quando falam de suas realizações profissionais, conforme observado pela CEO. Em tese, homens são tidos como bem-sucedidos, enquanto mulheres são vistas como deslumbradas. "Se a gente não verbalizar as nossas conquistas para nossos pares, escritórios e clientes, não vamos ocupar esse espaço", afirmou.
Há um contraste entre os escritórios de advocacia e seus clientes quando o assunto é governança. Enquanto grandes empresas e multinacionais já têm maturidade em mecanismos de inclusão de gênero, os escritórios estão apenas começando essa jornada, conforme observado por Camilla. "Os clientes nos perguntam quantas são mulheres em [altas] posições do escritório. Sobretudo, vai haver uma pressão do mercado. Vamos ver uma questão de business e o resultado financeiro vai ser impactado por isso", comentou.
Durante a conversa, Barbara Rosenberg, sócia do BMA, e Mariana Telles, advogada do Trench Rossi e Watanabe, também opinaram e trouxeram suas perspectivas sobre equidade de gênero, D&I e a ascensão da liderança das mulheres no mercado de advocacia. Confira a entrevista completa com as três convidadas aqui.