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Bate-papo com Análise da semana discute a importância do advogado na segurança digital

Especialistas apontam que as áreas jurídica e de tecnologia devem funcionar alinhadas

5 de November de 2020 15h49

Na live desta quinta-feira (05), a Análise Editorial convidou dois advogados peritos para falar sobre segurança da informação, proteção de dados e o futuro da LGPD no país. Os especialistas João Pedro Ferraz Teixeira, advogado associado do COTS Advogados, e Luiz Fernando Plastino Andrade, advogado sênior e DPO do Barcellos Tucunduva Advogados conversaram com o mediador Alexandre Secco, sócio e conselheiro da Análise Editorial e com Silvana Quaglio, diretora-presidente e publisher da editora, responsável pelos comentários do debate.

Logo no início do encontro, Alexandre comentou sobre a seguinte frase: "O que a tecnologia desbrava, os advogados precisam correr atrás para regular!", e continuou questionando os convidados sobre quais seriam as "cyberameaças" que existem no cenário atual.

João Pedro aponta que o período de isolamento social, causado pela pandemia do novo coronavírus, provocou a digitalização quase que completa das atividades. Segundo ele, isso deixa uma grande janela de exploração e vulnerabilidades, logo, estão acontecendo mais incidentes, como o ransomware (sequestro de dados) e que empresas de todos os portes - incluindo as menores - estão sujeitas a este tipo de ataque.

Luiz Fernando, complementa que o papel do advogado é de traduzir para a administração, o que os departamentos de tecnologia falam, pois falhas na comunicação podem se tornar um problema. E que a empresa e seus profissionais devem estar atentos aos três pilares da segurança de dados: a garantia que os dados sejam mantidos confidenciais, que não sejam corrompidos e que estejam disponíveis para você.

A conversa seguiu para a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e ambos os convidados concordaram que se adequar à lei é mais do que criar regras, e sim fazer com que a segurança seja incorporada na cultura da empresa e de seus colaboradores.

Em suas considerações finais sobre o tema, João Pedro disse que o operador de Direito ganhou mais uma função, que é entender a tecnologia. Ela deve ser vista de forma global, e como estão lidando com o desconhecido, eles devem estudar mais o tema. Luiz Fernando encerra sua participação na live dizendo que é preciso ter humildade, saber a hora de perguntar, conversar com gente que está na área há mais tempo e depois, se colocar à disposição para ajudar o próximo.

Confira a conversa na íntegra:

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