A tecnologia tem modificado a forma de trabalho de diversos setores econômicos, inclusive no mercado jurídico. Cerca de 90% dos escritórios que participaram da pesquisa para o Análise Advocacia, afirmaram que utilizam máquinas para a realização de tarefas repetitivas. Entre os fatores que mais influenciaram as bancas a adotar as novas ferramentas, quatro em cada dez responderam que otimizar os aspectos de gestão interna era a prioridade. Melhorar os mecanismos de segurança de dados e proporcionar aos clientes um serviço inovador são preocupações também muito citadas pelos gestores das 765 bancas entrevistadas.
Este é o caso do escritório recifense Urbano Vitalino Advogados, que investiu R$ 800 mil na implementação da tecnologia de aprendizado de robôs para otimizar processos internos, aumentar a produtividade e conquistar mais clientes.
Em 2017, Urbano Vitalino Neto, atual presidente do escritório, fez um contrato com a empresa americana IBM para desenvolver a assistente de inteligência artificial Carol. A princípio, a função da robô era cadastrar processos de clientes em uma plataforma. Após poucos meses de operação, Carol superou o nível de acerto esperado na tarefa: "Em casos arquivados por seres humanos, 26% continham erros de digitação ou informação, enquanto que a IA tinha uma porcentagem de 2% destes problemas", afirma Vitalino Neto em notícia veiculada nas redes sociais do escritório. Hoje a assistente digital também colabora em outras demandas, como por exemplo, na redação processual.
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