Em 2010, a Análise Editorial decide unificar duas de suas publicações de sucesso. Nasce o Análise Executivos Jurídicos e Financeiros, anuário que identifica o perfil profissional dos responsáveis jurídicos e financeiros das grandes empresas do país, além de apresentar dados sobre estes departamentos. Com o passar dos anos a revista se consolida e passa a ser um material de consulta sobre as evoluções do mercado e dos profissionais dos setores analisados.
Ao observarmos os dados fornecidos pelos líderes do departamento jurídico é possível notar algumas das mudanças ocorridas no cenário do Direito empresarial. Um exemplo disso é o aumento do número de mulheres que encabeça o departamento. Em dez edições, houve um crescimento de 9% da atuação feminina entre os heads do setor.
Também é possível estudar características em relação ao histórico acadêmico do head jurídico. O curso de Direito continua fazendo parte de mais de 80% dos currículos dos executivos e a principal escolha de instituição de ensino é a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Além disso, os profissionais passaram a investir mais em sua formação após graduados. Na edição de 2010, 79% dos executivos haviam realizado algum tipo de especialização, contra 89% na última edição. Uma tendência constante foi o número de profissionais que concluíram o MBA no exterior, durante os anos pesquisados o percentual se manteve em 7%.
Outro fator que sofreu pouca alteração desde o primeiro levantamento foi a idade média daqueles que comandam a área jurídica, que passou de 43 para 45 anos. Com as transformações na advocacia brasileira, os advogados corporativos ganharam mais espaço para atuar de forma estratégica dentro das empresas, o que refletiu diretamente em suas posições. No início da década a maioria utilizava a nomeação de gerente, já em 2019 o cargo mais utilizado para o responsável pelo departamento é o de diretor jurídico.