Reconhecido especialmente por operações de privatização e concessão de serviços, o escritório full service Vieira Rezende Advogados, sediado no Rio de Janeiro (RJ), reforçou sua área de infraestrutura e projetos com a entrada da sócia Maria Virginia Mesquita Nasser. Com experiência em assessorar empresas durante processos licitatórios e Parcerias Público-Privadas (PPPs), além de ter atuado na administração pública e em órgãos multilaterais, a sócia vai atuar com o time da unidade paulista da banca.
Maria Virginia relata que seu vínculo com o setor de infraestrutura vem de sua família, pois seu pai trabalhou como engenheiro na Usina Hidrelétrica de Itaipu. Na graduação em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), a advogada diz ter acompanhado, com fascínio, o debate sobre o papel do Estado entre a prestação de serviço e a regulação da economia. Ela teve sua primeira passagem profissional pelo Vieira Rezende Advogados em 2003 e concluiu seu bacharelado em 2004, mesmo ano em que a Lei 11.079 foi sancionada e instituiu normas gerais para licitação e contratação de PPPs.
Interessada no modelo britânico de PPPs, que serviu de base para a implementação deste tipo de contrato em diversos países, a advogada decidiu cursar LL.M pela London School of Economics and Political Science (LSE), na Inglaterra. Desde que retornou ao Brasil em 2007, contou com passagens pelas bancas Machado Meyer Advogados, Nasser Sociedade de Advogados e Demarest Advogados, estabelecendo uma sólida carreira na área de infraestrutura e Direito Público.
Além dos escritórios de advocacia, Maria Virginia também atuou entre 2018 e 2019 como assessora jurídica para a SP Parcerias, empresa vinculada à Prefeitura de São Paulo com foco em estruturação e desenvolvimento de projetos de concessão, privatização e PPPs. Nos últimos dois anos, a profissional havia se dedicado como consultora para o International Finance Corporation (IFC), instituição global membro do World Bank Group, que promove o crescimento do setor privado nos países em desenvolvimento, incluindo projetos de infraestrutura no Brasil.
A advogada conta que o convite para ingressar no quadro societário do Vieira Rezende Advogados partiu da sócia Marina Ferraz Aidar, com quem havia trabalhado no período em que esteve no Machado Meyer. Ela pondera que deixar o cargo no IFC, onde afirma ter tido uma de suas melhores experiências profissionais, para retornar à firma em que foi estagiária e depois associada júnior entre 2003 e 2005, não foi uma escolha fácil. Porém, ao conversar com a equipe da banca, Maria Virginia admite ter percebido um ambiente de trabalho flexível, que valoriza a diversidade e incentiva os talentos internos a se aperfeiçoarem, fatores determinantes para que ela aceitasse a proposta.
Com a expectativa de fazer girar a roda do Direito Administrativo de negócios, Maria Virginia indica que o setor de infraestrutura deve enfrentar desafios referentes à racionalização da presença estatal na economia. Ela expõe que não é possível eliminar a responsabilidade do Estado de regular mercados e direcionar determinados investimentos, por exemplo. Outro desafio elencado pela advogada é a retomada de obras paralisadas. Em sua visão, estes ativos poderiam ser revalorizados, enquanto as empresas que fizeram suas leniências, reabilitadas no mercado.
Sobre o Vieira Rezende, Maria Virginia conta que as práticas jurídicas não são, em sua concepção, hiper compartimentadas como em outras bancas de grande porte, o que a permite advogar de forma integrada e, ao mesmo tempo, garante autonomia. Presente no ranking do ANÁLISE ADVOCACIA desde a primeira edição, o Vieira Rezende Advogados foi reconhecido este ano como Mais Admirado em seis rankings, incluindo o setor econômico de Siderurgia e Mineração e a especialidade Operações Financeiras.