Com mais de 50 anos de atuação em âmbito nacional, o escritório Reis Advogados, que conta com unidades de atuação em São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Bebedouro e Rio de Janeiro, contratou a experiente Kátia Wilchinsci como nova advogada especialista de Direito Securitário. Formada pela Universidade Cidade de São Paulo e pós-graduada em Direito Empresarial pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), Kátia trabalha no setor de seguros desde 1994, sendo os últimos 21 anos como advogada.
Kátia começou a carreira profissional na área de seguros na Porto Seguro, junto à equipe de assistência 24 horas. Na sequência ingressou na Tókio Marine como técnica da qualidade, sendo responsável pelo atendimento do SAC e tratamento de procedimentos, auditorias e apoio em reuniões estratégicas sobre a ISO 9001. Já em 2002, teve a oportunidade de trabalhar em um escritório de advocacia hoje chamado Saraiva Advogados Associados, na posição de advogada e coordenadora do BackOffice.
Retornou em 2007 para o departamento jurídico de seguradoras, dessa vez na HDI Seguros como coordenadora. No ano seguinte migrou para a Mitsui Sumitomo onde atuou durante cinco anos e ocupou o cargo de advogada sênior e coordenadora. Segundo ela, por ser na época um departamento pequeno pôde trabalhar em várias frentes: contencioso, ressarcimento, societário, consultivo, contratos, institucional. Ao sair da Mitsui foi convidada para trabalhar no escritório da advogada Angélica Carline.
Kátia revelou que já conhecia o Reis Advogados há anos — sendo cliente da empresa e com atuação conjunta em alguns projetos. De acordo com a advogada, em dezembro de 2020, em meio a um momento de transição, houve uma breve conversa com Luiz Felipe Perrone dos Reis, sócio-diretor do escritório, para a possibilidade de uma parceria, o que de fato, se concretizou em uma contratação, no mês seguinte, após algumas reuniões, entrevistas e análise de perfil.
Questionada sobre como se preparou para trilhar uma carreira bem sucedida, Kátia diz que o estudo é fundamental, mas também é básico. Segundo ela, conhecer a parte técnica é intrínseco à profissão. Especializar-se com cursos, graduações, pós, mestrado e até doutorado, direcionados para a área de atuação ou para uma área sobre a qual não se tenha grande domínio mas quer vir a atuar é uma decisão estratégica. Mas ir além, sair da zona de conforto e estar apto para abraçar novos desafios é um diferencial.
Na opinião de Kátia, as pessoas não habituadas a fazer networking (muitos são tímidos por natureza), têm dificuldades em iniciar uma conversa. Há exceções? Sim, frisa ela. Para a advogada, cultivar relações, transformar clientes em parceiros e amigos, valorizar seus relacionamentos profissionais e apoiá-los sempre que puder faz parte do processo. Por fim, Kátia revela ter relações de amizade que ultrapassam os 35 anos, mas mais que isso: a grande maioria a reconhece como pessoa e como profissional.
Analisando o perfil do advogado de escritório para o advogado corporativo, Kátia considera que geralmente o profissional de banca se adapta bem ao mundo do profissional corporativo, mas, para ela, a recíproca não é verdadeira, pois estamos lidando com necessidades e perfis diferentes. Por fim, ressalta que atualmente muitas empresas estão internalizando os serviços jurídicos e quem tem experiência em campo e quem foi formatado no âmbito da "advocacia raiz" acaba levando vantagem.
Nascida no bairro do Ipiranga, em São Paulo, Kátia aproveita o tempo livre para cozinhar, ler bons livros, curtir a família e dedicar-se ao trabalho voluntário. De acordo com a advogada, desde o início da pandemia trabalha como voluntária em diversos projetos como: Mooca Solidária, apoiando outros projetos sociais, famílias em situação de extrema necessidade, com alimentos, roupas, medicamentos, móveis, cadeiras de banho e rodas, muletas, e o que aparecer de emergência no momento; Projeto Frankstein, voltado à arrecadação de eletrônicos usados ou que precisem de manutenção. O material é encaminhado para o projeto, onde técnicos voluntários consertam e entregam para famílias carentes; Entrelãçadas, trabalhos em crochê que são doados para crianças com câncer, crianças especiais, asilos e orfanatos.
No fim da entrevista, quando perguntada sobre quais dicas daria para o advogado que está iniciando a carreira na advocacia e que almeja trabalhar com seguros, Kátia afirma que a área é extremamente diversificada e rica para se atuar. Em sua opinião, o novo profissional não deve se exaurir nos poucos artigos do Código Civil, ao contrário, deve contar com todos os demais ramos do Direito como complemento e ainda com legislações apartadas, como o Decreto Lei 73/66 que dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados.