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Jive Investments contrata ex-sócio do Machado Meyer Advogados

Bruno Gomes deixou o escritório após 17 anos de atuação

30 de March de 2021 12h
Bruno Gomes é o novo advogado da Jive Investments (Imagem: Divulgação)

A Jive Investments, gestora de fundos, localizada na Avenida Brigadeiro Faria Lima (SP), contratou o advogado Bruno Gomes, ex-sócio do Machado Meyer Advogados durante quase dois anos. Com a função de trazer mais inteligência tributária para a Jive, ajudando na estruturação das operações complexas que estão envolvidos e gerando valor a partir deste conhecimento específico, o profissional afirma que usará toda a sua experiência acumulada ao longo de sua carreira trabalhando em diversos projetos.

Além disso, o advogado frisa que há enormes oportunidades na aquisição e recuperação de ativos com visão tributária (como créditos fiscais em ações judiciais em face do governo). Com isso, a gestora pretende direcionar esforços no desenvolvimento de produtos de investimento com esse perfil. Outro papel importante do advogado será de ajudar a consolidar e gerir a plataforma tecnológica da Jive para a aquisição de ativos, com viés tributário e de outras naturezas, de forma mais pulverizada.

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em 2008, e mestre (LL.M.) em Direito Tributário Internacional pela Universidade de Leiden, na Holanda, em 2014, Bruno teve a carreira inteira desenvolvida no Machado Meyer, com uma rápida passagem pelo Nagashima Ohno & Tsunematsu, como foreign visiting lawyer. No Machado Meyer, ingressou como estagiário em 2004, dividindo o tempo entre o departamento de contencioso tributário e o departamento de esportes e entretenimento.

Tornou-se sócio do departamento tributário, na sub prática de consultoria, em 2019. Seu foco de trabalho nos últimos anos era a estruturação, sob a perspectiva tributária, de operações de M&A, no mercado de capitais, de investimentos internacionais no Brasil e operações no mercado de distressed assets, o que o levou a ser reconhecido em 2020 como advogado Mais Admirado na edição de 15 anos do Análise Advocacia. Reconhecimento esse que demonstra o excelente trabalho que vinha sendo feito na banca.

Questionado sobre a decisão de deixar o Machado Meyer após quase 17 anos, o advogado comenta que já atendia a Jive no escritório há bastante tempo (praticamente desde o início de suas atividades em 2010), com isso, pôde ver seu crescimento ao longo dos anos, além do alinhamento claro de valores e forma de trabalhar. Quando a proposta chegou, ele afirma ter se encantado pelos planos para o futuro da empresa e os projetos inovadores e disruptivos que estavam no pipeline. Por fim, se diz feliz com a escolha.

No final da entrevista, Bruno explica sobre a principal diferença do advogado corporativo para o advogado de escritório. Segundo ele, o advogado corporativo, especialmente na área de investimentos, deve estar preparado para compreender os riscos e efetivamente tomar as decisões, sopesando de forma mais objetiva o binômio risco/retorno.

Para a sequência do ano, o profissional demonstra empolgação para desbravar novos horizontes, com a utilização do conhecimento jurídico-tributário na realização dos investimentos. Na opinião do advogado, 2021 será importante para a Jive, tendo em vista a captação do novo fundo, recentemente finalizada, com obtenção de aproximadamente 4 bilhões de reais de investidores e co-investidores.

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