O banco de investimentos Modal, destaque em grandes operações e em gestão de ativos diferenciados, reforçou seu departamento de compliance ao contratar Alison Dorigão Palermo como novo diretor da área. Atuando há mais de uma década no segmento, o advogado atenderá todas as demandas relacionadas à matéria, incluindo controles internos, risco operacional, prevenção de crimes financeiros e monitoramento de regulação aplicado ao mercado no qual a empresa está inserida.
O novo líder do setor afirma que o compliance tem um escopo amplo, demandando uma unicidade e uma troca de conhecimentos técnicos e operacionais entre a equipe. Ele corrobora a competência e os múltiplos saberes do time com o qual trabalhará, reafirmando o compromisso de conduzir o departamento de forma disruptiva, simplificada e unificada, focando em treinamentos e qualificações constantes. Alison revela, ainda, que a solidez e a inovação da companhia de investimentos foram fatores determinantes para que ele aceitasse o desafio de comandar o departamento.
Após se graduar em Direito pela Universidade Paulista (Unip), Alison confessa que não se sentia compelido a advogar em escritórios. Sua primeira experiência foi como agente comercial de uma agência do Itaú, função que ele chama de "primeira linha de defesa" no atendimento ao cliente. O paulistano teve a oportunidade de interagir com questões internas de prevenção à lavagem de dinheiro, como investigações sobre suspeitas de uso indevido do sistema bancário. Foi neste momento que se aproximou da prática de compliance, tendo se dedicado à especialidade desde então.
Na divisão jurídica do Itaú, o profissional foi responsável por contratos internacionais e consultoria de operações bancárias. Ele também conta com passagens pelos bancos HSBC, Bradesco e, mais recentemente, pela fintech Ame Digital, tendo exercido o cargo de head de compliance. Alison frisa que sua formação foi fundamental para acompanhar as novidades de governança corporativa; o diretor possui MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getulio Vargas (FGV), além de uma extensão em Banking and Finance pela Saint Paul Escola de Negócios.
Estar em consonância com a perenidade ética e responsável é um fator fundamental citado pelo diretor, bem como estudar o ramo de atividade e as matérias que permeiam o negócio. Ele lista, a seguir, mais algumas dicas para profissionais que desejem ingressar na área de compliance:
- Make it simple: faça ser mais fácil, acessível e entendível para todos;
- Leia o código de ética: ele é a base e o suporte primordial da empresa;
- Seja humilde: compliance que atua como "xerife", com inquisição, não é bom parceiro. Mostre o motivo de sua atuação e esteja embasado com normas, políticas, procedimentos e leis;
- Faça benchmarking: entenda como áreas de compliance de outras empresas atuam. Não deve haver concorrência entre departamentos de compliance, mas sim uma troca de melhores práticas, respeitando, por óbvio, o sigilo, a estratégia e a ética de suas atuações;
- Escale: caso veja que alguma atividade que esteja dentro de seu escopo possa gerar riscos reputacionais, operacionais, éticos ou causar conflitos de interesse e não esteja sendo ouvido, escale para um comitê de governança que possa lhe auxiliar. Não deixe nada embaixo dos panos e seja sempre sigiloso com assuntos estratégicos de onde atuar.
O especialista argumenta que, antes da promulgação da Lei de Anticorrupção, o termo compliance possuía uma conotação muito diferente, associado a métodos, processos, inspetoria ou auditoria. Contudo, Alison explica que a área não está restrita a uma única disciplina, indo muito além do jurídico e abrangendo um conjunto amplo de itens que sustentam a governança.