A 18ª edição do anuário ANÁLISE EXECUTIVOS reafirma seu papel como a principal fonte de referência para as lideranças das áreas jurídica, financeira e de compliance nas maiores empresas do Brasil. Mais do que registrar nomes, a publicação acompanha a evolução da alta gestão corporativa em todo o país, destacando os profissionais que têm liderado transformações e redesenhado a forma como as empresas operam, tomam decisões e constroem valor.
Temas como diversidade, inclusão e pluralidade de estilos de liderança ganham cada vez mais protagonismo. Um reflexo disso é o aumento da participação feminina em cargos de alta liderança. Nesta edição, foram mapeados 3.020 profissionais responsáveis pelas três áreas em mais de 1.500 empresas. Destes, mais de 1.900 executivos responderam ao questionário da Análise Editorial, permitindo uma leitura detalhada sobre suas trajetórias, prioridades, remuneração e desafios.
Os dados de 2025 evidenciam o crescimento da presença feminina nas lideranças corporativas, com destaque para o setor jurídico. Nessa área, a participação de mulheres em cargos de liderança passou de 31% em 2008 para 49% em 2025, sinalizando uma trajetória consistente rumo à paridade de gênero. Na área financeira, cuja análise teve início em 2009, o avanço também é expressivo: de 8% para 17% na pesquisa atual. Já o setor de compliance, monitorado desde 2021, começou com equilíbrio absoluto entre homens e mulheres e, em 2025, apresenta 46% de liderança feminina contra 54% da masculina.
A análise de remuneração por gênero aprofunda esse panorama. No setor jurídico, as mulheres são maioria em quase todas as faixas salariais, com destaque para a faixa de R$ 71 mil a R$ 114 mil (62%). Apenas na faixa entre R$ 62 mil e R$ 70 mil os homens assumem a dianteira. Já no topo da remuneração - acima de R$ 115 mil -, apenas homens aparecem. No setor financeiro, a desigualdade de gênero persiste. Em todas as faixas salariais, a predominância masculina é evidente, inclusive na faixa inicial, chegando a 75% entre os profissionais que ganham até R$ 36 mil.
A área de compliance apresenta maior equilíbrio de gênero também quando o assunto é remuneração. Há quase paridade nas faixas iniciais e igualdade exata na faixa entre R$ 71 mil e R$ 114 mil. Entretanto, na faixa mais alta, apenas homens aparecem. Um cenário diferente é observado entre os profissionais que respondem pelas duas áreas, jurídica e de compliance. Nesse grupo, as mulheres são maioria em quase todas as faixas e representam 67% das profissionais que ganham mais de R$ 115 mil, sendo esse o único grupo em que elas superam os homens no topo da remuneração.