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Adoção de práticas ESG avança nas empresas dos heads jurídicos e financeiros

Adesão das práticas ESG nas empresas aumentou em oito pontos percentuais desde a última edição do Análise Executivos

18 de July de 2024 16h30

Com o lançamento do anuário ANÁLISE EXECUTIVOS 2024, foi possível identificar um avanço na adesão de práticas ESG (Environmental, Social and Governance) nas empresas que os executivos jurídicos, financeiros e de compliance atuam. No entanto, os dados da nova publicação revelam uma pequena queda na adesão de práticas ESG nas empresas dos executivos de compliance, com redução de um ponto percentual desde 2023.

Por outro lado, o percentual de executivos jurídicos e financeiros que afirmaram ter áreas de ESG em suas empresas aumentou em oito pontos percentuais. Atualmente, sete em cada dez executivos jurídicos confirmam a existência de áreas de ESG nas companhias que atuam. Entre os executivos financeiros, a porcentagem é ainda maior: 74% dos participantes da pesquisa indicaram que suas empresas possuem áreas de ESG.

Para Roberta Guasti Porto, compliance officer da Fundação Renova, as pautas ESG estão se tornando cada vez mais relevantes nas empresas, impulsionadas pela cobrança social. "É um tema que vem amadurecendo. As organizações precisam cada vez mais de uma licença social para operar, e tanto consumidores quanto cidadãos estão se preocupando mais com essas questões. No entanto, essa área ainda está em desenvolvimento", afirmou.

Segundo Roberta, uma empresa que ainda não investe em ESG pode começar a estruturar essa área de várias maneiras. "Podem começar por se inspirar em modelos simples de governança, prestação de contas, relações de trabalho dignas, interação com as comunidades ao redor, com diálogo, cumprimento da legislação ambiental e promoção de práticas que preservem o meio ambiente."

Beatriz Gimenez Costa, executiva de gestão de riscos, compliance e controles internos da Estre Ambiental, destacou que é essencial realizar um mapeamento de riscos ao começar a estruturar uma área de ESG. "Qualquer programa que for implementar precisa começar com um mapeamento de riscos. Quando começamos aqui na empresa, achávamos que não seria possível elaborar alguns relatórios, mas ao analisarmos as práticas de cada área, descobrimos que já tínhamos muitos dados", pontuou.

De acordo com Beatriz, "é importante parar e entender quem será o responsável pela área ou se ela será dividida, como analisar o que já existe, pensar no que se deseja alcançar e elaborar um plano para o futuro, pois não é um processo rápido e requer investimento".

Quanto aos responsáveis pelas áreas de ESG, a maioria dos executivos das quatro áreas que colaboraram com a pesquisa informou que as questões relacionadas ao ESG são de responsabilidade do departamento de sustentabilidade das empresas. Em seguida, os executivos jurídicos, financeiros e de compliance, além daqueles que atuam tanto no jurídico quanto no compliance, indicaram que o ESG possui um departamento próprio dentro das empresas.

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