Conheça as estreantes do Análise Advocacia Mulher 2025 | Análise
Análise

Conheça as estreantes do Análise Advocacia Mulher 2025

A edição ANÁLISE ADVOCACIA MULHER 2025 destaca 272 profissionais, incluindo 15 advogadas autônomas, que conquistaram pela primeira vez o reconhecimento como as Mais Admiradas

13 de March 12h

A prática do direito é marcada por desafios e conquistas, que se desdobram em narrativas únicas. A edição ANÁLISE ADVOCACIA MULHER 2025 representa um marco importante para 272 profissionais que ingressam pela primeira vez no ranking dedicado à advocacia empresarial no Brasil. Há cinco anos, essa iniciativa vem mapeando os destaques do setor, com um olhar voltado para o protagonismo feminino. 

Chegando à sua quinta edição, o ANÁLISE ADVOCACIA MULHER já reconheceu mais de 6.500 advogadas como as Mais Admiradas, escolhidas por executivos e gestores de grandes corporações do país.

A lista de estreantes, disponível aqui, sempre nos apresenta ótimos exemplos de escritórios que revelam talentos para a advocacia brasileira. Este ano, isso não foi diferente, e trazemos a seguir os escritórios que se destacaram na lista deste ano.

Reveladores de Talentos

O Veirano Advogados foi o principal responsável por revelar 6 novas Mais Admiradas ao mercado, consolidando-se como o maior revelador dessa edição. O escritório foi seguido pelo Mattos Filho, com 5 estreantes, e pelo b/luz, Souto Correa Advogados e Trench Rossi Watanabe, todos com 4 representantes na lista. Após esses, outros 9 escritórios empataram com 3 estreantes cada. Neste ano, a edição contou com 1.442 Mais Admiradas, sendo 18% delas estreantes.

Advogadas autônomas: as vantagens e desafios de atuar fora dos grandes escritórios

O que realmente chamou a atenção foi a quantidade de advogadas autônomas que alcançaram pela primeira vez o posto de Mais Admirada nesta edição: foram 15. Esse número surpreende, pois, escritórios autônomos costumam ter muito menos visibilidade do que os grandes escritórios.

Tatiana Simionato é uma das 15 autônomas reconhecidas pela primeira vez este ano. Em entrevista para a Análise Editorial, ela comentou as diferenças entre ser autônoma e trabalhar em um grande escritório. "Em grandes escritórios, há suporte diário de equipe. O direito exige colaboração e interação entre diversas áreas." Mesmo reconhecendo as vantagens de trabalhar com uma grande equipe, a Mais Admirada apontou os ônus desse modelo: "Por outro lado, no meu caso, como advogada associada, eu precisava seguir as orientações do coordenador ou do sócio da área. Não havia tanta liberdade para seguir outro caminho", afirmou.

A advogada também ressaltou outros problemas estruturais no atendimento ao cliente em grandes escritórios: "O contato com o cliente final é mais distante. Nem sempre ele tem acesso direto ao advogado sênior ou ao sócio. Muitas demandas acabam sendo tratadas por estagiários ou advogados juniores, o que muda bastante a experiência de atendimento." Ela destacou que, em seu escritório, tem contato direto com o cliente. Clientes do direito empresarial buscam atendimento direto e personalizado, de sênior para sênior.

A importância das parcerias estratégicas para autônomos: equilíbrio entre liberdade e suporte especializado

Tatiana também comentou sobre a importância de parcerias quando se é autônoma, inclusive com grandes escritórios em casos estratégicos: "Trabalhando sozinha, muitas vezes me deparo com questões que fogem da minha especialidade. Para isso, recorro a boas parcerias. Também faço parcerias com grandes escritórios quando necessário. Em casos de litígios complexos, por exemplo, contar com o respaldo de um grande escritório pode ser uma vantagem estratégica." Ela reconheceu que esse fator pode impactar o tempo de resposta em algumas situações, mas destacou que, em contrapartida, tem a liberdade para conduzir o trabalho da maneira que acredita ser a melhor.

O computador é o melhor amigo da autônoma

A experiente advogada e vice-presidente da Comissão de Direito Empresarial da OAB Campinas apontou as dificuldades da vida de autônoma. "Em grandes escritórios, não há preocupação comercial, financeira ou administrativa, como autônoma, sou responsável por tudo. No entanto, a tecnologia tem facilitado bastante esse gerenciamento."

Tendo a tecnologia como sua grande parceira, Tatiana explicou como se organiza para tocar seu escritório sozinha: "É fundamental escolher ferramentas que se encaixem nas demandas do escritório. Com um bom software, não preciso de um departamento financeiro, por exemplo. Desde que seja um sistema intuitivo e bem alimentado, ele cumpre essa função. A tecnologia permite que eu gerencie tudo sozinha, dedicando horários específicos da semana para cuidar dessa parte. Sem esses recursos, seria muito mais difícil dar conta de todas as demandas do escritório."

Valorização ou visibilidade?

Além das dificuldades profissionais, existe também a luta pelo reconhecimento quando se é autônomo, como destacou Tatiana: "Os grandes escritórios têm mais visibilidade e reconhecimento na mídia. É mais comum vê-los figurando em anuários e rankings. Advogados autônomos, por outro lado, raramente aparecem nesses espaços." Ela revelou que ficou surpresa quando foi solicitada para conceder uma entrevista.

Para ela, no entanto, o reconhecimento do cliente é muito valioso: "Tenho grandes clientes, de empresas que poderiam contratar os maiores escritórios do país, mas eles não querem ostentar nessa questão. Eles querem um atendimento direto, por isso escolhem o atendimento personalizado de um advogado autônomo." Ela comentou novamente sobre o atendimento ao cliente nos grandes escritórios: "Muitas vezes, em um escritório grande, o cliente tem contato com o sócio apenas na fase inicial, mas depois a comunicação é feita com advogados juniores", finalizou.

Ela reafirma que o custo e o atendimento são diferenciais importantes que influenciam a escolha dos executivos pelos profissionais autônomos.

A escolha pela autonomia e a não concorrência

Mesmo em um mercado altamente competitivo como o do direito, Tatiana consegue separar bem seus objetivos e vontades dentro do setor: "Não vejo os grandes escritórios como concorrentes. Tudo depende do que cada profissional deseja para a sua carreira e do seu momento de vida."

Ela compartilhou que escolheu trabalhar como autônoma porque isso lhe permite equilibrar sua vida profissional e pessoal: "Eu não quero gerir um escritório com dezenas de advogados. Meu objetivo é atender bem meus clientes e manter um modelo de trabalho sustentável para mim."

A nova participante do ranking do Análise Advocacia Mulher analisou o mercado e afirmou estar focada em seu público: "O mercado jurídico tem espaço para todos. Empresas de grande porte, com demandas volumosas, naturalmente buscarão escritórios maiores. Meu foco são pequenas e médias empresas, onde posso oferecer um atendimento personalizado", concluiu Tatiana.

Outros dados

No site da Análise é possível consultar os rankings por EspecialidadesSetores Econômicos e UFs. Além disso, você pode ver o conjunto de admirações das profissionais Mais Admiradas e de escritórios pelo número de admirações.

Apoiadores

Análise Advocacia MulherAnálise Advocacia Mulher 2025Estreantes